O Arcebispo de Évora, D. Maurílio de Gouveia, quer uma maior participação dos católicos na vida social e política do nosso país.
“Os leigos católicos não podem deixar de empenhar-se na edificação da sociedade, do mesmo modo que os cidadãos de outros credos ou ideologias”, escreve o prelado no semanário diocesano “A Defesa”, após lembrar exemplos deste compromisso como Schuman, Adenauer e Gasperi.
O texto de D. Maurílio de Gouveia assegura que “o grave fenómeno da descristianização e da laicização da sociedade tem revelado em vários sectores da vida social, com particular incidência na classe política, um alheamento dos valores cristãos”.
“Todos sabemos que os valores humanos fundamentais, que são a base da civilização, estão a ser postos em causa por uma cultura do efémero, do imediato, do material”, acrescenta.
Nesse sentido, D. Maurílio critica duramente aqueles “que se dizem católicos, mas que na sua actuação concreta se apresentam como agnósticos ou indiferentes”.
Para o Arcebispo de Évora, fazem falta católicos como os “pais da Europa”. “O empenhamento dos católicos na vida social, económica e política que eles revelavam correspondia a um grande movimento eclesial e que se poderia designar como o despertar do laicado católico”, escreve.
Em resumo, D. Maurílio de Gouveia assegura que “no início do século XXI é urgente despertar, de novo, os católicos para esta sua missão”.