Nacional

As esperanças e incertezas da sociedade

Luís Filipe Santos
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“Um conjunto de sinais de esperança” e, ao mesmo tempo, um “”clima de incertezas” e “uma preocupante crise de valores” – foram as palavras utilizadas pelos cerca de 600 participantes das jornadas missionárias 2003, subordinadas aos tema «Europa e Missão Ad gentes», para definir o tempo em que vivemos. Uma realidade desafiadora “à cidadania activa dos cristãos e à sua intervenção profética nos meios e ambientes”, onde esses valores sejam “ignorados ou negados, nomeadamente na televisão e outros meios de comunicação social” – sublinha o comunicado final das jornadas, realizadas em Fátima, de 19 a 21 de Setembro. Em relação à Europa, os presentes referem que esta apresenta “um défice de democracia, de participação e de profetismo cristão”. E avançam com soluções: “compete-lhe manter as suas fronteiras abertas como vínculo de valores que constituem a sua herança”. O alargamento da União Europeia (UE) “desafia-nos a uma grande abertura às outras confissões cristãs e a outros credos religiosos que se situem dentro do território europeu” – afirma o comunicado final. Portugal, como país integrante da EU, tem “obrigação moral e histórica de ser uma porta aberta para os imigrantes, procurando integrá-los com dignidade no nosso tecido social”. Para que tal aconteça, os participantes salientam que um dos imperativos mais urgentes que se impõem à sociedade civil “é a mudança das estruturas de poder, para as tornar mais justas e mais humanas”.


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