Sublinhou D. Teodoro de Faria, no Domingo de Páscoa
Este ano, a alegria pascal “é ensombrada pela violência na Terra Santa, o recrudescer da guerra no Iraque e o medo que atravessa o continente europeu depois dos trágicos acontecimentos do 11 de Março em Madrid” – lamentou D. Teodoro de Faria, Bispo do Funchal, na Homilia de Domingo de Páscoa. O terrorismo, “que parecia estar longe, semeou o pânico em Nova Iorque e agora na vizinha Espanha, mostrou como todos somos vulneráveis e como é preciso unir todas as forças para construir a paz e feliz convivência entre os homens e os povos” – sublinhou o prelado do Funchal, no dia da grande festa dos cristãos. Para construir a Paz “necessitamos de um coração que se abre ao amor, ao perdão e ao respeito dos outros”. Os dramas dolorosos que atravessam a história do nosso mundo e, principalmente, os do Médio Oriente, “mostram que todos devem rever e melhorar comportamentos e mentalidades”, ou seja “converter-se e mudar de atitudes”.
Como o terrorismo pode “colher adeptos em todas as comunidades, mesmo entre os cristãos”, D. Teodoro de Faria apela para que “temos de trabalhar por uma convivência serena e pacífica, condenando todos os sentimentos de anti-semitismo, xenofobia e falta de respeito por qualquer tradição ou até sinais de outra cultura religiosa”. A paz não é um “estado natural para o ser humano” mas o resultado de um “empenhamento, de uma fadiga, de um sofrimento, ela avança com pequenos passos e conquistas fatigantes”. E concluiu: “é preciso educar para a paz e instituir políticas de paz”.