Nacional

Assistência religiosa nos hospitais por regulamentar

Nuno Rosário Fernandes
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O acesso alargado, nos hospitais, a pessoas de grupos religiosos “com tendências proselitistas e sectárias”, está preocupar o Coordenador Nacional dos Capelães Hospitalares, Pe. José Nuno, tendo em conta que há conhecimento de situações de “acesso negado a ministros legítimos de religiões oficiais”, disse à Agência ECCLESIA. A Lei da Liberdade Religiosa prevê, no artigo 13º, “o direito à assistência e à prática dos actos de culto”, em hospitais ou outros estabelecimentos de saúde, por isso, salienta, “é preciso regulamentar a assistência religiosa”. A denuncia deste responsável surge no contexto da Celebração Ecuménica que, ontem à noite, decorreu na Capela do Hospital de São João, no Porto, onde, representantes de sete Igrejas na cidade «invicta» rezaram pelos doentes e com os doentes. Segundo o Pe. José Nuno, estas celebrações ecuménicas realizam-se desde o ano 2000, “quando ainda não havia Lei da Liberdade Religiosa”. Já nessa altura, destaca, “as capelanias católicas tinham consciência de que era preciso ir ao encontro da realidade das outras pessoas, que professam outras religiões”. Com o impacto que esta celebração teve nos media, o coordenador dos capelães hospitalares espera que “as consciências despertem para esta situação”, nomeadamente para “a necessidade de estar atento e de regulamentar a lei”, porque, afirma, neste âmbito “há desorganização no Sistema Nacional de Saúde”.


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