Nacional

Balasar recorda 50º aniversário da morte da Beata Alexandrina

Octávio Carmo
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O cinquentenário da morte da Beata Alexandrina de Balasar (1904-1955) vai ser celebrado, nessa localidade da Póvoa de Varzim, no próximo dia 22 de Outubro sobre o lema “Viver da Eucaristia viver para a Igreja”. Do programa de celebrações consta ainda um Colóquio sobre a vida da Beata e a sua relação com a Eucaristia, terminando os trabalhos com a celebração da Eucaristia. Alexandrina de Balasar, como é conhecida popularmente, ficou paralítica na sequência de uma queda aos 14 anos, ao saltar de uma janela para fugir a um homem que a pretendia molestar. Esse facto seria decisivo para a sua vida, como foi recordado pelo Cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, na cerimónia de promulgação do decreto que reconheceu um milagre atribuído à sua intercessão. Até aos 19 anos pôde ainda arrastar-se até a igreja, onde gostava de ficar recolhida, com grande admiração das pessoas. A paralisia foi avançando cada vez mais, até que as dores se tornaram insuportáveis; as articulações perderam qualquer movimento; e ela ficou completamente paralisada. Era o dia 14 de abril de 1925 quando Alexandrina ficou definitivamente de cama. O Cardeal Saraiva Martins considerou sobre este tempo que Alexandrina “desenvolveu, da sua cama, um precioso apostolado de oração e aconselhamento a favor dos numerosos visitantes, atraídos pela sua virtude e carisma extraordinários, que exerceu na obediência às autoridades eclesiásticas”. Depois de 27 de Março de 1942, Alexandrina deixou de se alimentar, vivendo exclusivamente da Eucaristia. Em 1943, por quarenta dias e quarenta noites, foram rigorosamente controlados por médicos o jejum absoluto e a anúria, no hospital da Foz do Douro, no Porto. Em 1950, Alexandrina festejou o 25º ano de sua imobilidade. E em 7 de Janeiro de 1955 foi-lhe preanunciado que aquele seria o ano da sua morte: no dia 13 de Outubro, aniversário da última aparição de N. Sra. de Fátima, ouviram-na exclamar: “Sou feliz porque vou para o céu”. Às 19h30 expirou. Foi proclamada Venerável por decreto da Congregação para as Causas dos Santos em 1995. No dia 26 de Abril de 2004, cerca de mil portugueses testemunharam, na Praça de São Pedro, o momento em que João Paulo II proclamou Beata a venerável Alexandrina Maria da Costa. O Papa polaco apresentou a portuguesa como um modelo para as horas de maior sofrimento. Programa 9h30 – Acolhimento 9h45 – Saudação (Pe. José Barbosa Granja, pároco de Balasar) – Apresentação do Colóquio (Cón. Pio Alves de Sousa, UCP) – “As três paixões de Alexandrina” (Cón. Fernando Sousa e Silva, UCP) 10h45 – “Os ‘simples’ e o reino dos céus” (Pe. José da Silva Lima, UCP) 11h30 – Intervalo 12h00 – “Eucaristia fonte de vida cristã” (João Duque, UCP) – Encerramento (D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga) 15h00 – preparação da celebração da Eucaristia (Campo de futebol de Balasar) 15h30 – Eucaristia presidida por D. Jorge Ortiga – Procissão Eucarística


Alexandrina de Balasar