O Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, está preocupado com a formação global dos cristãos da sua diocese. Em entrevista ao jornal regional «Notícias da Covilhã» D. Manuel destaca algumas das suas preocupações, agora que está à frente daquela diocese, e aponta a formação dos cristãos como uma questão que o “preocupa em primeiro lugar”, refere. “Temos de ter comunidades vivas de fé, cristãos esclarecidos, conscientes das suas responsabilidades e por isso temos que apostar em condições que permitam aos cristãos serem adultos, conhecedores da sua fé e das grandes necessidades da sociedade”. Neste sentido o prelado da Guarda recorda a escola de Leigos, criada pelo seu antecessor D. António dos Santos, que “desenvolveu inúmeros esforços para dotar as comunidades cristãs de leigos conhecedores”.
Nesta entrevista D. Manuel Felício aborda ainda a relação na diocese entre sacerdotes, religiosos e Servos de Jesus, uma relação sobre a qual afirma que só ganhamos se estas três redes entre si interagirem o mais possível, pois assim há capacidades mais bem aproveitadas. Estou convencido - continua o Bispo - que os nossos sacerdotes só têm a ganhar colaborando com a Liga dos Servos de Jesus, bem como com as diferentes comunidades religiosas que existem”, afirmou.
Segundo o prelado a diocese da Guarda está programar a criação de Unidades Pastorais em que “sacerdotes, leigos e religiosos fazem colaboração entre si, programam a actividade pastoral e depois fazem uma revisão da mesma”, explica. “Só assim poderemos dar qualidade à vida das nossas comunidades cristãs”, sublinha.
Relativamente à reactivação de um local de culto na Serra da Estrela o prelado afirma já ter feito diligências “no sentido de retomar um projecto que já existia, com a empresa concessionária dos espaços da Serra, de modo a devolver aquele espaço de culto à sua finalidade específica” e acrescenta ainda que espera que “quer da parte da concessionária, quer da parte da população e dos responsáveis, se possa voltar a ter um espaço para a meditação e valores da fé, porque esse também será um motivo parar arrastar pessoas para aquele lugar”, conclui.