D. António Sousa Braga considera urgente promover naquela diocese o diálogo ecuménico e inter-religioso. Numa Nota Pastoral sobre a Semana da Unidade, o bispo de Angra reconhece a necessidade de “promover, não só o diálogo ecuménico entre cristãos, mas também o diálogo inter-religioso”, o que justifica pela presença na Região “de muitos trabalhadores dos Países de Leste, que são de tradição ortodoxa” e também por “pequenos núcleos de fé muçulmana”, escreve o bispo.
Nesta Nota Pastoral o prelado salienta que na diocese de Angra a celebração do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos “caiu, de algum modo, na rotina ou passa despercebida”, relevando no entanto a oração ecuménica promovida pelo Movimento dos Focolares, com algumas Igrejas cristãs.
Por isso, destaca a importância de “acolher e integrar” aqueles a quem chama de “irmãos imigrantes” para que “possam encontrar condições objectivas para praticar a sua fé, nomeadamente com espaços de culto próprios”, refere D. António Sousa Braga.
Nesta mensagem o Pastor da diocese de Angra sublinha ainda, para além do contributo para o desenvolvimento económico da Região que estes imigrantes proporcionam, o enriquecimento religioso e cultural que estes trazem, e defende que o Estado “deve garantir as condições, para que cada cidadão possa livremente exprimir e praticar a religião que professa, salvaguardada a ordem pública”, refere.
“É preciso que os crentes se unam em favor das causas da civilização humana”, reforça D. António Sousa Braga ao referir-se a um mundo cada vez mais secularizado “onde se arrasta a indiferença religiosa”. Por isso, “para que o mundo encontre o caminho da paz, na justiça e no amor, é urgente que os cristãos se mostrem unidos no anúncio e testemunho do Evangelho de Cristo, que veio ao mundo precisamente para reunir a humanidade dispersa”, conclui.