A Diocese de Coimbra está empenhada em apoiar, através de todos os meios, as vítimas dos incêndios que viram arder “o seu ganha-pão” nos três últimos meses, especialmente “as pessoas deprimidas, que não têm voz”.
Para concertar estratégias, o Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, chamou na passada segunda-feira ao Seminário Maior cerca de quatro dezenas de párocos, desde Pampilhosa da Serra a Almalaguês, de Ferreira do Zêzere a Mira. Doze responderam à chamada. Os outros, por ocupações pastorais, não puderam estar presentes. Dessa reunião, ficou estabelecido que quem vai coordenar as respostas financeiras para resolver os problemas surgidos será a Cáritas Diocesana de Coimbra, a quem os padres deverão enviar os relatórios das carências identificadas.
Para isso, a Cáritas vai manter-se permanentemente informada sobre as linhas de apoio existentes, seja sob a alçada do Estado, seja por iniciativa particular, como é o caso da Fundação Calouste Gulbenkian.
Entretanto, o peditório do passado domingo promovido pela Igreja teve “excelente resposta das comunidades cristãs”, anunciou o Bispo de Coimbra, que registou a recepção de vários cheques, “alguns deles de valor significativo”. Embora não tenha adiantado o valor total recolhido, o prelado disse que “são milhares de contos”. Não considerando que a distribuição de verbas seja a principal prioridade, D. Albino Cleto exortou os restantes sacerdotes a “fazer um levantamento local das pessoas deprimidas, que não têm voz”. Disse mesmo que “há pessoas idosas que ficaram de braços caídos”, que “já perderam o gosto de viver” e que não têm alento sequer para obter informação sobre os apoios de que podem beneficiar.