Nacional

Bispo de Viana apela ao empenho na educação para a verdade da paz

Paulo Gomes
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Dia Mundial da Paz celebrado em Monção

O Bispo de Viana do Castelo, durante a celebração do Dia Mundial da Paz, na igreja Matriz de Monção, pediu a todos os fiéis da diocese que «intensifiquem» a prática da «oração pela paz» e que as comunidades se empenhem «numa intensa obra de educação para a paz» e que façam crescer em cada membro a «urgência de descobrir a verdade da paz». Da igreja de Santa Maria dos Anjos, Catedral no início do novo ano, o Prelado vianense formulou um voto carregado de «esperança» por um mundo mais sereno, onde cresça o número dos que, individual ou colectivamente, se empenham em percorrer os caminhos da justiça e da paz. Bento XVI, continuando o serviço dos seus antecessores, ao proclamar “Na verdade, a Paz” leva-nos a considerar, disse o Bispo Diocesano, que «só um espírito renovado e aberto à verdade conseguirá construir um mundo mais humano sobre a terra». Tal como recorda o Papa na sua mensagem para este Dia, dirigida a todos os homens de boa vontade, a paz desejada por todos não pode ser reduzida a «simples ausência de conflitos armados», mas deve ser entendida como «um fruto da ordem que o divino Criador estabeleceu para a sociedade humana». A paz, assinalou o Prelado, possui uma intrínseca e irresistível verdade própria e corresponde a um anseio e a uma esperança que vivem indestrutíveis» em cada homem. Mas para se avançar neste campo é necessário «o respeito e a prática daquela “gramática” do diálogo que é a lei moral universal inscrita no coração do homem». A paz, prosseguiu, está profundamente ligada ao respeito pela «progresso integral da pessoa», à salvaguarda dos seus «direitos fundamentais» e ao «reequilíbrio das desigualdades e injustiças intoleráveis» que pesam sobre o presente e futuro de muitos povos. D. José Pedreira sublinhou que a «ausência da paz» não pode ser vista como uma «consequência inevitável de diferença de culturas» e pediu atenção porque «o fanatismo religioso», que alimenta diversas formas de fundamentalismo, pode desembocar em propósitos, gestos ou actos de terrorismo. Este é, aliás, uma das formas mais dramáticas de «atentar contra a verdade das paz» no nosso tempo. «A paz – esclareceu - é um anseio irreprimível, presente no coração da pessoa, independentemente de outros valores culturais que ajudaram a modelar a sua personalidade» e a «autêntica religião só pode ser lugar de amor e fraternidade». Reconhecendo que nos últimos tempos foram empreendidos novos caminhos para a consolidação da paz, D. José Pedreira disse não poder esquecer as «aflições» por que estão a passar alguns povos do Médio Oriente, África e Ásia, expressando a sua preocupação com a «corrida desenfreada ao arsenal de armas». «Manifestamos a nossa sintonia com todos os que apelam à Comunidade Internacional que prossiga incansavelmente os esforços no caminho do desarmamento, promovendo no mundo os valores da justiça, da solidariedade e da paz».


Dia Mundial da Paz