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Bispo de Viana apelou à solidariedade para com as vítimas do maremoto

Paulo Gomes
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No primeiro dia do ano, o Bispo de Viana do Castelo, D. José Pedreira lançou um apelo a todos os diocesanos, dos pastores às comunidades, e a todas as instituições do distrito, para que se comprometam na solidariedade, através de contributos generosos, para com os povos que sofreram a catástrofe do terramoto e maremoto. A celebrar o Dia Mundial da Paz na Igreja de Santo Estevão, em Valença, em cujo arciprestado terminou as visitas pastorais recentemente, o Prelado assegurou que a Cáritas Diocesana ou a Cúria Diocesana se encarregarão de fazer chegar esse apoio ao seu destino através das organizações internacionais devidamente credenciadas e explicou que é o «princípio básico do destino universal dos bens que permite enfrentar adequadamente o desafio da pobreza». O Bispo Diocesano de Viana começou por recordar a mensagem do Papa João Paulo II a propósito deste dia que tem o sugestivo título - “Não te deixes vencer pelo mal, vence antes o mal com o bem” - na qual se reflecte a necessidade da construção da paz no mundo. No início deste novo milénio, «todos sentimos os sofrimentos de imensos irmãos nossos envolvidos nos dramáticos cenários de violentos combates fratricidas», misturados com «indiscritíveis sofrimentos e injustiças que deles derivam». Contudo, prosseguiu o Prelado, «o mal não é uma fatalidade», nem uma «força anónima» que age no mundo devido a mecanismos deterministas e impessoais, já que tem sempre «um rosto e um nome: o rosto e o nome de homens e mulheres que o escolhem livremente» , concluiu. «A paz é um bem a ser promovido com o bem», um bem da ser conservado e cultivado mediante «opções e obras de bem-fazer» de modo que, como Cristo ensinou, ninguém pague a ninguém o mal com o mal, proclamando conscientemente que a violência é mal inaceitável. Contra os males que hoje afligem o mundo actual, desordens sociais, guerras, injustiças, violências, milhões de esfomeados e vítimas de conflitos no vários continentes, em particular a questão do médio oriente, Palestina e Iraque, «importa cultivar atitudes nobres e desinteressadas de generosidade e de paz». «A violência é uma mentira – salientou o Prelado citando o Papa – porque se opõe à verdade da nossa fé, à verdade da nossa humanidade. A violência destrói o que ambiciona defender: a dignidade, a vida e a liberdade dos seres humanos». Por isso, torna-se indispensável promover uma grande obra educadora das consciências que forme a todos, sobretudo às novas gerações, para o bem, abrindo-lhes o horizonte do humanismo solidário que a Igreja indica e deseja. «Nenhum homem, nenhuma mulher de boa vontade pode esquivar-se ao compromisso de lutar para “vencer o mal com o bem”, concluiu D. José Pedreira nesta celebração da solenidade da Mãe de Deus.


Diocese de Viana