Bispo do Funchal deixa apelos à unidade
"Se há alguma coisa que devemos defender é esta comunhão e esta unidade na diversidade”, disse este Domingo o Bispo do Funchal.
“Cada um de nós é diferente uns dos outros, cada um tem as suas graças e carismas, e cada um vale na medida em que se tornar disponível e colocar ao serviço a diversidade dos dons recebidos”, sublinhou D. António na homilia da concelebração eucarística a que presidiu junto da comunidade paroquial de Câmara de Lobos, por ocasião da despedida da Imagem Peregrina de Fátima.
“A igreja de Cristo é assim: diversidade de membros, mas unidade. Quem faz a unidade é Cristo, é Ele a cabeça que renova todas as coisas, é com Ele e com Maria Mãe, que nós podemos ser Igreja no mundo actual”, garantiu.
O ambiente em redor da Imagem Peregrina voltou a ser emocionante e reuniu centenas de fiéis, destacando-se ainda a presença das principais autoridades municipais.
A anteceder a missa ao ar livre, no Largo da Autonomia, realizou-se uma procissão desde a igreja matriz, em cuja entrada ficou uma lápide a perpetuar a passagem de Fátima por aquela paróquia.
Na sua mensagem, o Bispo do Funchal fez ainda três apelos para que a passagem da Imagem Peregrina fosse sempre lembrada: apelo à “coerência de fé”, aos “gestos de solidariedade humana e de fraternidade cristã”, e apelo “ao amor e união nas famílias”.
Neste último caso, defendeu que “a família terá de viver com muito diálogo entre os seus membros” e que “é preciso dizer não à mentira, à preguiça, ao álcool em demasia que provoca perturbações familiares; dizer não à infidelidade conjugal e a qualquer forma de violência, nas palavras, nos gestos e atitudes.”
“Cada vez é mais importante viver e dar testemunho do ideal de família cristã, uma família assente na união estável de um homem e uma mulher, numa relação interpessoal, de amor aberto à vida. A família, assim, torna-se efectivamente aquilo que deve ser, célula fundamental da sociedade e da Igreja”, considerou D. António Carrilho.
Diocese do Funchal