D. António Carrilho efectuou ontem uma visita à Academia Sénior da Freguesia de Santa Maria Maior. No Centro Cívico daquela freguesia foi recebido pelo presidente da Junta de freguesia, professores e alunos.
Depois no auditório daquele Centro fez uma reflexão a que deu o nome de “Celebrar e viver o Natal hoje”. Falou sobre o significado deste tempo tão especial referindo-se a aspectos litúrgicos e profanos desta quadra.
D. António Carrilho sublinhou que o povo madeirense vive o tempo de preparação para o Natal com grande intensidade bem patente nas celebrações das missas do parto, assim como nas muitas tradições desta época tão festiva.
O prelado funchalense alertou a assembleia, constituída por idosos, para a necessidade de se colocar em primeiro lugar Cristo no centro do Natal, pois Ele é a única razão da existência deste tempo litúrgico.
Referindo-se aos símbolos do Natal, D. António Carrilho recordou que as iluminações que nesta época proliferam, tiveram a sua origem na luz de Cristo que ilumina o mundo. Todavia com o tempo esse símbolo foi-se esvaziando até aos nossos dias em que “as iluminações em vez de apontarem para Jesus, dirigem-se para o comércio, servindo de apelo ao consumismo” como referiu. Outro ponto que salientou na sua reflexão foi o dos temas escolhidos nessas iluminações que “antigamente tinham temas relacionados com a religião: anjos, estrelas, etc. Actualmente as referências dessas iluminações pouco ou nada tem em comum com o aspecto religioso do Natal”.
Outro aspecto característico do Natal é a solidariedade, que nesta época do ano ganha um espaço maior, porque as pessoas sentem-se mais motivadas para ajudar os carenciados.
“Que esta solidariedade não se faça apenas no Natal mas que se mantenha ao longo do ano” desejou D. António Carrilho que manifestou ainda o desejo de que a unidade familiar, que tanto se sente neste tempo com as tradicionais visitas, seja uma realidade em todos os dias do ano.
Na sua reflexão o prelado funchalense lamentou o facto da figura do Pai Natal estar a sobrepor-se ao Menino Jesus, desvirtuando a verdadeira essência deste tempo tão belo, apelando a que nas famílias se volte a dar ao Natal um sentido verdadeiramente cristão. Terminou recitando alguns poemas de Natal e desejando aos utentes daquele Academia um santo Natal.