D. José Policarpo manifestou-se “muito contente” pela decisão de Bento XVI em dispensar o tempo de cinco anos de espera após a morte de João Paulo II para dar início ao seu processo de beatificação e canonização. Em declarações aos jornalistas, após as cerimónias da Peregrinação Internacional Aniversária de Maio, o Patriarca frisou que “numa canonização o fundamental é apresentar-se um modelo de vida cristã, mostrar ao mundo de hoje que a santidade é possível e tem rostos que a gente conhece”.
O Cardeal-Patriarca de Lisboa espera um processo "rápido" e assinalou a coincidência de o anúncio ter sido feito num 13 de Maio, dia das primeiras aparições de Fátima e do atentado contra a vida de João Paulo II em 1981.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, também se manifestou satisfeito “por esta coincidência”, que considerou particularmente feliz para os portugueses, por causa da ligação a Fátima.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o Arcebispo de Braga disse que "a voz do povo falou mais alto, pela vida, a figura, o testemunho de João Paulo II, que procurou e, creio que conseguiu, testemunhar a santidade”. Um testemunho que, nas palavras do presidente da CEP, "é para todo o mundo".
"Ele é uma figura planetária e a sua mensagem, que foi acolhida no passado, continuará a ser acolhida", asseverou.
D. Serafim Ferreira e Silva, Bispo de Leiria-Fátima, afirmou que Bento XVI "conhece perfeitamente a história e o conteúdo da mensagem de Fátima", considerando que a escolha do dia 13 de Maio para esta anúncio do Papa foi "simbólica".
“Há dois dias, ele tomou a iniciativa de falar de Fátima (na audiência geral, ndr) e escolheu a data de hoje porque é a data das aparições e a data do atentado de 1981”, acrescenta.
O prelado considera que "João Paulo II já foi canonizado pelo povo, agora é só o reconhecimento oficial da sua seriedade, do seu sentido da fé, da sua esperança”.
“É uma bandeira para a Igreja Católica e para todas as gentes, crentes ou não-crentes”, concluiu.