Braga: Escuteiros de Nine construÃram «Presépio das Cinzas» com madeiras dos incêndios
Iniciativa com cariz solidário vai contribuir para o projeto «Criar Bosques» da Quercus
Vila Nova de Famalicão, 03 jan 2018 (Ecclesia) – O Agrupamento de Escuteiros 1046, da Paróquia de Santa Maria de Nine, no Arciprestado de Vila Nova de Famalicão (Arquidiocese de Braga) construiu um presépio com recurso a madeiras do incêndio de Pedrógão Grande, com fins solidários.
“Quisemos que este presépio fosse ainda mais especial. […] Sentimos que o presépio de Santo António apelava a uma missão de esperança tornada mais urgente pelas circunstâncias vividas este ano”, explicam os escuteiros, sobre este ‘Presépio das Cinzas’.
Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, o Arciprestado de Vila Nova de Famalicão informa que os Agrupamento de Escuteiros 1046, para além de recriar a cena da Natividade, teve como objetivo honrar as pessoas diretamente afetadas pela tragédia dos incêndios em 2017.
O ‘Presépio das Cinzas’ foi construído na capela de Santo António cujo exterior ficou “totalmente cercada pelo negrume de madeiras queimadas”.
Segundo a descrição, o interior forma uma “espécie de clareira” e o visitante encontra um breve percurso “ladeado por ramos secos e crispados”, e cinzas espalhadas pelo chão, que evocam a “imagem de desolação e dor” dos incêndios que afetaram Portugal em julho e outubro de 2017.
“Que o breve percurso realizado neste espaço acompanhe o lento, mas gradual, caminho que das cinzas – do terror, da angústia, da desolação – nos conduz à esperança e à vida trazidas e renovadas por Jesus Cristo”, desejam os escuteiros católicos.
O ‘Presépio das Cinzas’ construído pelo Agrupamento de Escuteiros 1046 foi realizado para as ‘Festas do Menino’ que integram todas as iniciativas da quadra natalícia na Paróquia de Santa Maria de Nine, na Arquidiocese de Braga.
Os escuteiros vão destinar ainda “uma parte significativa das contribuições” angariadas para o projeto ‘Criar bosques’, da associação Quercus, que pretende recolher sementes para recuperar as florestas com espécies autóctones, árvores e arbustos originais da flora portuguesa.
CB/OC
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