Capuchinhos com os olhos no futuro Diário do Minho 06 de Maio de 2008, às 10:56 ... Nesta semana que precede o Pentecostes, os Franciscanos Capuchinhos portugueses estão reunidos em Fátima no seu XV CapÃtulo Provincial. O acto repete-se cada três anos na mesma ocasião, desde o tempo de São Francisco de Assis, mas com novos contextos e desafios. Segundo a legislação da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, o CapÃtulo Provincial é um encontro de Irmãos reunidos em comunhão fraterna, e constitui a primeira autoridade da ProvÃncia. Nele, tratam-se os problemas relativos à vida e actividade dos Irmãos e elege-se o Ministro Provincial e os Definidores Provinciais (conselheiros) para o triénio seguinte. Em princÃpio, desta vez será mesmo eleito um novo Ministro, pois o Frei AcÃlio Mendes já cumpriu um sexénio de serviço e só em casos especiais se faz uma “postulação†ou pedido ao Ministro Geral da Ordem que o poderá confirmar para novos triénios. O CapÃtulo é presidido por Frei José Gislon, Definidor Geral da Ordem, da ProvÃncia brasileira do Paraná e Santa Catarina. E conta com a presença dos Ministros Provinciais da Angola e Cabo Verde. Três anos de revitalização No triénio que agora finda, os Capuchinhos portugueses foram dinamizados por cinco linhas de reflexão e trabalho: Consolidar o dom da vocação; Primado da vida evangélica; Estabelecer um novo estilo de relações; Viver intensamente a paixão por Deus e o seu Reino; e Enfrentar o futuro com entusiasmo. SaÃdas da visita pastoral de um Definidor Geral em 2005, foram reunidas num documento sob o lema “Olhar o futuroâ€. A meio do triénio, de 7 a 12 de Janeiro de 2007, celebraram um CapÃtulo Provincial Extraordinário com o objectivo definido no CapÃtulo Provincial de 2005: «Estabelecer quais as Fraternidades e as actividades apostólicas que devemos privilegiar ou suprimir, segundo o nosso carisma e as nossas capacidades » Mas, ao convocá-lo, o Frei AcÃlio já então prevenia: «Não! O CapÃtulo não se resolve com abrir ou fechar esta ou aquela casa, privilegiar ou não uma ou outra actividade pastoral. Deve levar- -nos a radicalizar a nossa vida de consagração ao Senhor e ao serviço da Igreja, na especificidade do carisma confiado pelo EspÃrito a Francisco de Assis. O CapÃtulo despertanos para abrir as portas à s surpresas de Deus, para renovar o coração de acordo com as moções do EspÃrito, para sintonizar a nossa vontade com a vontade de Deus». “Uma esperança de futuro†Decorrido pouco mais de um ano, este CapÃtulo, embora convocado para reflectir sobre os desafios do presente, decorrerá com os olhos no futuro, sob a inspiração de Jeremias 31, 17: «Tens ainda uma esperança de futuro». Do “Instrumento de trabalho†constam Propostas de um «investimento corajoso» na área da fraternidade/formação, uma “reestruturação†do Movimento de Dinamização BÃblica e um “Plano Pastoral Franciscano- Capuchinhoâ€. Recorde-se que o Apostolado BÃblico, iniciado em 1955, foi assumido como opção especÃfica da ProvÃncia Portuguesa no CapÃtulo Provincial de 1975 e redefinido no de 1990. Nele se destacam a editorial Difusora BÃblica, a revista BÃblica, os Cursos e Retiros BÃblicos e as Semanas BÃblicas nacionais, regionais e locais. Este CapÃtulo propõe- se, também, reflectir sobre uma “Nova cultura vocacional†e colaborar activamente na revisão das Constituições da Ordem, que está em curso. A ProvÃncia Capuchinha de Portugal, com 54 Irmãos, tem casas em Barcelos, Porto, Gondomar, Coimbra, Fátima, Lisboa, Baixa da Banheira, Laleia e DÃli (estas duas, em Timor- Leste). Atendendo à sua dimensão missionária, no triénio anterior foi deixada a casa de Cabanas de Viriato e em Setembro próximo prevê-se deixar a de Coimbra. Capuchinhos Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...