Nacional

Cardeal-Patriarca de Lisboa abre hoje Fórum pela Paz

Octávio Carmo
...

A situação no país e o terrorismo global são assuntos em destaque

D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, abre hoje, às 21h00, o Fórum pela Paz convocado pela Comissão Nacional Justiça e Paz sob o lema “Globalizar a paz. Construir um mundo justo”. Conforme indicou à Agência ECCLESIA o presidente da CNJP, Armando Sales Luís, “estando a cena internacional dominada pelos actos do terror e pelas movimentações dos exércitos, pensar a Paz e exigir a sua globalização não pode ser mais actual.” Os organizadores do evento mostram-se convencidos que é nos momentos de maior “tensão e perplexidade” que a palavra dos amantes da Paz se deve fazer ouvir. Depois da sessão de abertura terá lugar um espectáculo denominado "Desenhar uma Cultura de Paz", com três horas de duração, criado pelo grupo "Identidades", de intercâmbio artístico entre Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal, sob a coordenação de José Paiva. No sábado de manhã, os participantes do Fórum distribuem-se por quatro sessões temáticas simultâneas sob os temas: O trabalho, a economia e a sociedade – moderada por Manuela Silva; Direitos humanos: utopia ou realidade – moderada por José Manuel Pureza; Quo vadis Europa? – moderada por Pedro Vaz Patto; e aprender a paz na família, na escola, nos media e na igreja – moderada por Joaquim Azevedo. Ao princípio da tarde, Esther Mucznic, Abdoolkarim Vakil e Luís França participam numa mesa-redonda sobre “O contributo das religiões para a construção da paz”. A tarde de sábado termina com a Conferência Principal que será proferida (às 17h00) por Francisco Whitaker, vice-presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz do Brasil. As conclusões do Fórum serão apresentadas por Carlos Borrego e Maria Carlos Ramos no domingo pelas 12h00, sendo antecedidas por um debate sobre “Os jovens, construtores da paz”. Já hoje foi conhecido um documento preparatório da sessão temática sobre trabalho, economia e sociedade, onde se traça em 31 páginas, um diagnóstico da actual situação portuguesa, que põe em causa o modelo de desenvolvimento económico, mas também "os nossos próprios padrões de consumo". Manuela Silva, em texto publicado pela Agência ECCLESIA, explicou que a intenção deste esforço é “reflectir sobre o trabalho humano, questionando a economia, a empresa, as relações mercantis ou o mercado como regulador supremo, mas também tomando consciência dos valores de civilização e de cultura que queremos preservar e desenvolver”. A sessão de encerramento da iniciativa, no dia 23 de Novembro, será também presidida por D. José Policarpo. As palavras da CNJP • Por um Portugal mais justo • O lugar do trabalho humano na economia e na sociedade • Quo vadis, Europa? • Família, Escola, Media, Igreja, construtores da paz


CNJP