Repor o “stock” para mais seis meses é o objectivo da Cáritas Diocesana do Funchal a campanha que vai ter lugar nos dias 29 e 30 de Novembro. Para esta acção, a Cáritas vai contar com um total de 500 voluntários. A recolha dos produtos acontecerá em todos os supermercados Pingo Doce da Região.
Todas as superfícies Pingo Doce da Região vão recolher neste fim-de-semana alimentos para a Cáritas Diocesana do Funchal. Esta campanha servirá para a instituição de solidariedade social repor o “stock” já que a última angariação de alimentos aconteceu nos dias 7 e 8 de Junho deste ano.
Segundo o presidente da Cáritas, José Manuel Barbeito, que ontem anunciou a iniciativa em conferência de imprensa, serão recolhidos nesta acção essencialmente bens de consumo, sendo que também são bem-vindos produtos de higiene, como por exemplo fraldas de bebé. A este respeito, o responsável advertiu para o facto de muitas pessoas entregarem bolachas e de este não ser um produto “essencial” pelo que, explicou, ser mais importante a entrega de cereais como arroz e massas.
Nesta campanha, que abrangerá toda a Região, José Manuel Barbeito disse estão envolvidas à volta de quinze entidades, entre elas a GNR e a PSP que assegurarão o transporte dos produtos doados. Além disso, adiantou, vão estar a trabalhar nesta acção entre 400 a 500 voluntários, alguns deles do Corpo Nacional de Escutas, da Associação de Escoteiros de Portugal, da agência do Funchal do Banco do Tempo, da Escola Salesiana de Artes e Ofícios, entre muitas outras.
22 toneladas recolhidas em Junho
A respeito da última campanha, realizada nos dias 7 e 8 de Junho, José Manuel Barbeito referiu que foram recolhidas na altura 22 toneladas de alimentos, um número bastante positivo mas inferior àquele que foi registado em Dezembro de 2007 já que foram angariadas 24 toneladas.
Numa altura em que se fala cada vez mais de crise, José Barbeito diz que tem havido um ligeiro aumento na procura de ajuda por parte das famílias que até então não frequentavam a Cáritas. O presidente da Cáritas disse que nos últimos tempos tem aparecido um outro «tipo de ajuda», isto é, feito por correio electrónico (Internet). As pessoas entram em contacto com a Cáritas através de email e depois vão à sede para buscar as ajudas. «Trata-se de uma nova camada social que tem outra estrutura educativa e que se encontra com problemas de ordem financeira. José Manuel Barbeito diz que são, na maioria, casais na casa dos vinte e dos trinta e tal anos e que se encontram desempregados», explicou o responsável.