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Carragosela homenageia pároco

Diocese da Guarda
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O Padre Rogério Alberto da Mota Miranda completa, no dia 5 de Outubro, 50 anos como pároco de Carragosela, no arciprestado de Seia. Para assinalar a data, a Comissão Fabriqueira vai promover uma celebração festiva em que marcará presença D. Manuel Felício, Bispo da Guarda. A Missa de Acção de Graças está programada para as 15.00 horas, a que se seguirá um lanche oferecido pelas famílias da freguesia, no salão da Junta de Freguesia. O Padre Rogério Miranda nasceu a 20 de Maio de 1931. Depois de ter frequentado a Escola Primária de Seia, fez, por exigência do pai, exame de Admissão aos Liceus, tendo sido admitido. Sobre a entrada no Seminário do Fundão recorda que “após vários obstáculos, por o meu médico, que não era crente, se recusar a passar-me o atestado médico para ingressar no Seminário, consegui que um outro médico amigo mo passasse. E, assim, entrei no Seminário do Fundão, em Outubro de 1943”. Do tempo de estudante recorda que “na transição para o Seminário da Guarda perdi, por doença, um ano”. Concluiu o Curso de Teologia em 23 de Junho de 1956, sendo ordenado presbítero a 17 de Março de 1956. Dos primeiros tempos de padre lembra que “porque o meu pároco frequentava a Universidade de Salamanca ali fiquei empatado até ao mês de Março de 1957”, sendo “nomeado coadjutor da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, vulgo S. Francisco, onde estive 18 meses”. A 5 de Outubro de 1958 tomou posse das freguesias de Carragosela, Sameiçe e Várzea de Meruge. “Por morte do saudoso Padre Artur Gouveia, a 30 de Setembro de 1978, fui nomeado Pároco de Santiago, Seia, onde vinha substituindo o grande amigo Padre Artur, deixando as paróquias de Sameice e Várzea. Mais tarde paroquiei Torroselo, que já deixei, e fiquei com a paróquia de Sabugueiro, hás cerca de 16 anos”. Confrontado sobre a maneira como ocupou o tempo, ao longo da vida, lembrou que “por motivos de ter de ganhar dinheiro, porque as paróquias não davam rendimentos para pagar remédios caríssimos na doença de minha irmã, Maria dos Prazeres, tive de recorrer ao ensino: Religião e Moral e Francês, na Escola Industrial. Depois colaborei na fundação da Escola Secundária de Seia, ministrando a disciplina de Português e ocupando cargos directivos. Colaborei na construção da nova Escola, no Crestelo”. Logo que as condições económicas foram mais favoráveis, o padre Rogério Miranda ficou a fazer só aquilo para que Deus o criou, “ser padre”. Outra das missões do Padre Rogério Miranda foi restituir à legalidade a Misericórdia de Seia. “Porque a Misericórdia de Seia, tinha a Igreja encerrada e na sua Direcção estavam ‘sócios’ era assim que eles se apelidavam, a pedido do Senhor D. António dos Santos, Bispo da Guarda, que me nomeou seu Delegado para resolver a situação, com a ajuda de uma equipe que nomeei, restituímos à legalidade a Misericórdia, tendo ficado membro da Mesa Directiva”, explicou. Em relação a Carragosela, lugar onde vai ser homenageado, lembra que encontrou “uma velha e acanhada igreja”, sendo a sua primeira tarefa “dinamizar o povo nessa obra, que se concluiu e foi sendo alindada no decorrer dos tempos”.


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