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Casa Sacerdotal de Viana inaugurada no fim do ano

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A Casa Sacerdotal de Viana do Castelo tem agendada a sua inauguração para o dia 30 deste mês. Na mesma ocasião, o Bispo de Viana do Castelo, D. José Pedreira, lança a bênção sobre o novo edifício que vai acolher os sacerdotes mais idosos da Diocese, assim como familiares que os tenham servido no decurso da vida pastoral ao serviço das comunidades. Esta nova infra-estrutura da Diocese, uma prioridade da acção pastoral de D. José Pedreira, anunciada logo que foi nomeado titular de Viana, é um projecto do arquitecto Luís Teles implantado na quinta onde se situa a Casa Episcopal, em Darque. Este investimento, na ordem de um milhão de euros, arrancou em meados de 2003, e constitui, nas palavras do Prelado, uma antecipação do futuro, porque «à medida que o tempo vai passando, a carência de atendimento far-se-á sentir»; uma necessidade que vai aumentar «exponencialmente» à medida que o presbitério vai envelhecendo. Viana do Castelo vai ter a sua primeira casa para sacerdotes idosos com «condições especialmente adaptadas aos sacerdotes», sobretudo naquilo que diz respeito à «autonomia», muito característica e fruto da vida, referiu o Prelado, que fala de um projecto de «excelência» cujas características «correspondem a um dos projectos mais avançados nesta área». Trata-se de uma casa que se desenvolve num piso só e, portanto, «não tem um degrau, não há necessidade de entrar num elevador, além de que não haverá ruídos, porque é só rés-do-chão»; dada a especificidade, integra uma capela. O arquitecto da Casa Sacerdotal define-a como «um edifício-claustro», organizado em função de um espaço central de recolhimento, sendo que «o delito» está precisamente na abertura do edifício ao exterior, permitindo «um retorno à natureza, em contraste com a concepção tradicional dos conventos». A unidade contempla 24 camas, além de todos aqueles espaços tradicionais numa casa desta natureza, espaços de lazer e repouso, sala de jantar, cozinha, serviços (administrativos e os outros), biblioteca e a já referida capela. Dada a especificidade dos futuros utilizadores, homens que gozaram de muita autonomia ao longo da sua vida ao serviço da comunidade, esta casa oferece 8 pequenos apartamentos compostos de um quarto de dormir (com casa de banho), uma pequena sala equipada com uma pequena cozinha e uma varanda. Depois existem seis quartos duplos, à semelhança de qualquer lar, equipados com duas camas. Finalmente existem ainda quatro camas, noutros tantos quartos preparados para apoio a uma pessoa que necessite de cuidados especiais ou isolamento, em virtude da falta de saúde. Luís Teles diz que na sua mente sempre esteve o desenho de um «espaço moderno, com forma para habitar e que estivesse de acordo com o arquétipo do futuro utilizador que traz atrás de si um património de vida que se vai confrontar» com o que agora está construído.


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