“A cidade - um lugar de evangelização” foi o tema que congregou os catequistas da diocese de Setúbal para celebrarem o seu dia, 18 de Janeiro. O ângulo de abordagem não se referiu somente ao conceito clássico de cidade mas “à abrangência da evangelização” – disse à Agência ECCLESIA a irmã Matilde Morgado, directora do Secretariado Diocesano da Catequese. Para ajudar os «evangelizadores», a entidade organizadora convidou o António Matos Ferreira, professor da Universidade Católica Portuguesa, que insistiu na “consciencialização do homem face às situações actuais”. E acentuou: “Jesus não abandonou os seus e os seus estão no mundo”.
O campo dos catequistas “é o mundo actual” apesar deste ser “plural” sendo a diocese de Setúbal um protótipo desta “diversificação”, tanto “nas raças como nas culturas” – realça a irmã Matilde Morgado. Dados baseados na Antropologia e Sociologia porque a “nossa diocese, sociologicamente, tem zonas rurais, industriais, comerciais, citadinas e marítimas”. Zonas diversas onde a “diversidade está patente”. Derivado à mobilidade humana, estas manifestações culturais “correm rápido” por isso o Secretariado da Catequese dá “extrema importância à adolescência”. Fase “vital da aprendizagem” – menciona a directora daquele secretariado.
Para amenizar esta diversidade, o Secretariado da Catequese dá uma “formação intensiva” antes do começo desta e durante o ano pastoral “faz formação permanente em vários níveis”. Como têm consciência que “há muitas encruzilhadas para a Igreja”, este sector da pastoral não abdica de “temas de actualidade”. E continua: “temos o cuidado de tentar, todos os anos, dar uma resposta à doença fundamental do ano”.
Perante as dificuldades que a diocese de Setúbal atravessa ao nível do desemprego, a irmã Matilde Morgado salienta que “quase todas as paróquias têm as caritas a funcionar”. O anúncio da Boa Nova a crianças que passam fome em casa “é difícil” mas os catequistas “procuram transmitir que a justiça de Deus não é a justiça dos homens”.
