Cavaco Silva pede atenção para a «realidade concreta» dos emigrantes portugueses
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, alertou para a necessidade de se conhecer a realidade concreta dos emigrantes portugueses, defendendo o abandono dos discursos de ocasião e a realização de acções concretas.
"No século XXI, em que as distâncias diminuem num mundo global, as questões relacionadas com a diáspora não podem continuar a ser tratadas através do tradicional discurso saudosista e passadista, em que se enaltecem os afectos, mas se esquecem as realizações concretas", afirmou, numa mensagem dirigidas às comunidades portuguesas por ocasião do 10 de Junho, que se celebra esta Quarta-feira.
É necessário conhecer a "realidade concreta" dos portugueses que emigraram, porque só dessa forma é possível estar a par dos seus anseios, necessidades e desejo de preservar os laços que os unem a Portugal.
Cavaco Silva mostrou-se contra as "meras palavras de apreço" e os "simples discursos de ocasião".
"Não é possível construir uma relação autêntica com as comunidades tendo por base apenas proclamações retóricas sobre os afectos e sentimentos".
Desta forma, deve-se garantir que os "portugueses da diáspora" mantenham os laços afectivos com Portugal.
O Presidente da República recordou ter defendido "actos concretos, para que, o exercício dos direitos cívicos pelos emigrantes fosse assegurado de forma plena", contribuído para que "a política da diáspora esteja mais atenta à necessidade imperiosa de manter intocados os direitos cívicos dos emigrantes".
Na mensagem divulgada, Cavaco Silva lembra ainda o esforço para contactar de perto as comunidades portuguesas dispersas pelo mundo, nomeadamente através de "momentos de contacto directo" quando se desloca ao estrangeiro.
"Orgulho-me de Portugal e de ser português", frisou Cavaco Silva.
Redacção/Lusa
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