O impacto é superior em Lisboa mas “de Norte a Sul do Pais também se celebra o Santo António” – afirmou à Agência ECCLESIA o Pe. Henrique Pinto Rema, especialista em Sto. António. Estas festividades não são somente nos centenários mas também “ordinariamente”. Se em Lisboa a fama de casamenteiro não lhe escapa, nas outras localidades “não existe esta tradição” apesar de ser “um dado recente e uma coisa muito portuguesa”. E adianta: “os primeiros dados que tenho desta tradição são de 1897”. A causa desta fama – salienta o Pe. Henrique Pinto Rema – vem resposta que o santo dá “a tantas solicitudes”.
Quando se fala de Santo António vem logo à memória as marchas que percorrem a Avenida da Liberdade, em Lisboa, e que segundo o Pe. Henrique Pinto Rema “tem muitos séculos de história”. E lembra: “no século XVII a Igreja teve de intervir para moderar um pouco os excessos”. Se hoje as marchas são o símbolo da folia lisboeta, em séculos passados “chegou a realizar-se touradas de S. António, no Terreiro do Paço”. Festividades que tiveram um interregno nos primórdios do século XX derivado “a problemas políticos”.
Em Lisboa, a celebração deste “santo português é diferente”. No resto do país “é uma festa normal, com a celebração da missa, a respectiva procissão e depois o arraial”. E compara esta festa ao S. João, primeiro em Braga, “mas depois o do Porto suplantou-o”. Apesar de ser “conhecido de Norte a Sul” o Pe. Henrique Pinto Rema supõe que este “não é padroeiro principal de nenhuma diocese portuguesa”.