Centro de Acolhimento para imigrantes fecha as portas Octávio Carmo 22 de Junho de 2005, às 16:34 ... Todos os utentes encontraram resposta para a sua situação O Centro de Acolhimento Temporário S. João de Deus (CATSJD) encerrou no final do mês de Maio, após dois anos em que recebeu mais de 330 imigrantes, incluindo famÃlias inteiras. A decisão de encerramento obrigou os seus técnicos a desdobrarem-se em esforços para inserir os utentes que ali encontravam abrigo, muitos dos quais há mais de seis meses em Sintra. “No espaço de um mês e meio conseguimos encontrar respostas para todos os utentes: viagens, emprego, habitação. Ontem estavam no Centro apenas dois, um dos quais com viagem de regresso para a Ucrânia marcada para amanhãâ€, relata à Agência ECCLESIA o Pe. Aires Gameiro, director do CTASJD. A iniciativa nasceu em Julho de 2003, para dar resposta à necessidade encontrada no domÃnio do apoio social a imigrantes sem-abrigo em situações de extrema pobreza. O Pe. Aires Gameiro faz uma avaliação “muito positiva†do percurso realizado nesta experiência “únicaâ€. Na última reunião de parceiros, que ontem teve lugar, foi destacada a solidariedade de várias instituições que permitiram resolver, com “rapidez surpreendenteâ€, a situação de cerca de 40 imigrantes. O Instituto de São João de Deus decidiu “não deixar renovar automaticamente†o protocolo que permitiu a criação do Centro: ao longo da sua existência o CATSJD acabou por ter funções diferentes daquelas que estavam inicialmente previstas. De acolhimento temporário, passou a acolhimento e alojamento permanente para um número crescente de imigrantes. Este aumento de funções ultrapassou, em muito, os meios inicialmente disponÃveis – apenas um técnico e um director. O CATJD teve como entidades parceiras, a Segurança Social, o Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME), a Câmara Municipal de Sintra, o Serviço de JesuÃtas a Refugiados (JRS), a Obra Católica Portuguesa das Migrações e a Cáritas Portuguesa. Após a não-renovação do protocolo por parte dos Irmãos de S. João de Deus, coloca-se o desafio de encontrar alternativa. A Ordem Hospitaleira irá estudar projectos para as obras necessárias nas actuais instalações e os parceiros nesta iniciativa aguardam “um sinal†da parte do governo sobre a disponibilidade para apoiar projectos futuros. Destes anos de experiência fica, segundo o Pe. Gameiro, a certeza de que é necessário “estudar respostas diferenciadas†e “mudanças legislativas que ajudem a superar alguns impassesâ€. Hospitaleiros Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...