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CEP: Bispos reconhecem importância dos voluntários na acção da Igreja

Agência Ecclesia
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Nota pastoral destaca voluntariado «ao serviço da evangelização»

Lisboa, 16 Fev (Ecclesia) – A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) reconheceu hoje a importância dos voluntários na acção da Igreja Católica, “especialmente nas paróquias e movimentos”.

Os bispos sublinham a necessidade do “voluntariado ao serviço da evangelização” na sua nota pastoral sobre o Ano Europeu, divulgada esta quinta-feira, dia 16, com o título «Voluntariado e nova Consciência Social».

Segundo o documento, esta dinâmica “conta com milhares de voluntários, gratuitamente empenhados nas diversas acções eclesiais, nomeadamente a catequese, a animação litúrgica, a pastoral familiar, a participação nos órgãos de administração e corresponsabilidade pastoral”.

A nota fala, especificamente, no “voluntariado missionário, próximo do Voluntariado Internacional para a Cooperação, sobretudo destinado para acções fora do país, inserido em projectos de promoção humana e social, em áreas como a educação e formação, a saúde, o associativismo, o apoio comunitário e social, a capacitação técnica de agentes locais”.

Esta realidade, assinala a CEP, “procura ser sinal de fraternidade global, despertando a opinião pública para as questões do desenvolvimento”.

“Lembramos, em atitude de reconhecimento e gratidão, os vários milhares de voluntários que, nas últimas décadas, partiram de Portugal em missão, na sua maioria ligados a institutos missionários «ad gentes»”, pode ler-se.

No documento destaca-se o "trabalho específico em hospitais, em prisões e em instituições de solidariedade social, para o qual se exige uma preparação adequada e uma integração nas normas das instituições onde actuam".

A nota alude ao voluntariado na educação, "seja através dos alunos na resolução dos problemas da vida real, seja na participação das famílias e das comunidades nas actividades da escola, falando também do “voluntariado na dimensão cultural, que ganha cada vez mais adeptos”.

“Dedicar os tempos livres ao cultivo da música, seja em filarmónicas ou grupos corais, à conservação e promoção do património, arquivos, bibliotecas, museus e outros centros culturais valoriza quem se dedica e permite disponibilizar os bens culturais à comunidade, de modo mais rápido e económico”, indicam os bispos.

A CEP aponta ainda os exemplos que chegam de áreas como o “voluntariado de socorro de emergência, sobretudo através de instituições como os Bombeiros, a Cruz Vermelha e a Caritas”, o “voluntariado no campo ecológico” e o “voluntariado dos direitos humanos, com especial significado na defesa da vida, na promoção da justiça e da paz entre as pessoas e entre os povos”.

“Entrevemos na experiência do voluntariado o paradigma de uma nova visão da sociedade para a qual nos impele o anúncio do Reino novo de Jesus”, concluem os bispos.

2011 é o Ano Europeu do Voluntariado, por decisão do Conselho de Ministros da União Europeia, com o objectivo de estimular o desenvolvimento de “actividades voluntárias que promovam uma cidadania activa”.

OC



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