Nacional

Cidadania activa na construção de um desenvolvimento justo e sustentável

Agência Ecclesia
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Lançamento de livro da Comissão Nacional Justiça e Paz

O Livro “Cidadania activa. Desenvolvimento justo e sustentável” da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) será lançado hoje pelas 18h00, na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa. Editado pela Cidade Nova, o livro será apresentado pela coordenadora da obra, Manuela Silva, e comentado pelo Reitor da UCP, Manuel Braga da Cruz. A obra contém os textos preparatórios da conferência organizada, em Maio deste ano, pelo Grupo de Trabalho permanente criado no âmbito da CNJP e de que fazem parte, além da própria Manuela Silva, Cláudio Teixeira, Deolinda Machado, João Lourenço, Mário Murteira, Ulisses Garrido, Eduarda Ribeiro, entre outros. A conferência “Por uma cidadania activa na construção de um desenvolvimento justo e sustentável" viu serem contestados os efeitos perniciosos de uma globalização desregulada. “Estamos em fase de profundas transformações na economia e na sociedade, que não poderão ficar entregues, exclusivamente, à mera lógica dominante da maximização do lucro e dos interesses financeiros dos actores mais poderosos, como presentemente vem sucedendo”, assegura a CNJP. O papel do mercado, “um elemento axial da economia contemporânea”, esteve no centro da reflexão, tendo-se considerado que o mesmo não é tudo: “o mercado é incapaz de resolver o impacto negativo das flutuações económicas; o mercado não corrige as desigualdades de rendimento ou a excessiva concentração do poder económico empresarial, antes tende a agravá-las; o mercado pode ser muito ineficiente na afectação de recursos entre as actividades que geram custos ou benefícios externos, assim como não garante a provisão de bens públicos e bens de utilidade social indispensáveis ao próprio desenvolvimento da economia e ao progresso social”. Os elementos privilegiados na reflexão apresentada pela CNJP foram a economia do conhecimento no processo de globalização em curso e sua incidência na mudança de paradigma económico-social; a importância de novas vias de regulação social, quando desaparecem, ou grandemente enfraquecem, as unidades organizativas formais; o alcance de um novo conceito de empresa como bem social e de responsabilidade social da empresa. A conferência ressaltou também a importância crescente de que se reveste uma “cidadania activa”, participante e responsável do nosso futuro colectivo. “A complexidade com que se desenvolve a economia e a sociedade e a aceleração com que ocorrem as mudanças exigem que exista, por parte dos cidadãos e cidadãs, um regular acompanhamento responsável dos processos de mudança em curso e permita uma previsão atempada de novos problemas emergentes e provisão dos meios para lhes fazer face”, defende a CNJP.


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