Nacional

Cinquentenário da ACEGE

Luís Filipe Santos
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Em 1952, um grupo de empresários e um “padre novo” decidiram dar origem a um movimento – União Católica de Industriais e Dirigentes do Trabalho (UCIDT). Se o “padre novo”, como o apelidou João Alberto Pinto Basto, ainda hoje se mantém ligado a este grupo, o mesmo não acontece com a UCIDT que alterou o nome para se chamar Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE). No passado dia 20 de Fevereiro a ACEGE realizou mais um «almoço mensal», que contou com a presença e palestra de Monsenhor João Evangelista, o «padre novo» como lhe chamou João Alberto Pinto Basto, presidente da ACEGE, nas palavras de abertura desta iniciativa. Em declarações à Agência ECCLESIA Monsenhor João Evangelista referiu que este movimento, “apesar de estar na idade adulta está cheio de pujança e vitalidade”. A acção dos leigos nas estruturas e a percepção destes “fez nascer a UCIDT”, mesmo antes “das definições do Concílio Vaticano II”. Uma iniciativa que teve o seu reconhecimento “quando o próprio Concílio valorizou tudo isto” – salientou Monsenhor João Evangelista, assistente espiritual da ACEGE, nos últimos 50 anos. Por sua vez, o presidente da ACEGE realçou que com o nascimento da UCIDT procurou-se “ajudar empresários e trabalhadores a usufruírem de todos os dons, de todo o bem que a empresa e o mundo empresarial pode trazer à vida das pessoas e da sociedade”. A Doutrina Social da Igreja (DSI) sendo expressa em “palavras novas” não é recente, já “está no Evangelho” porque a sua grande preocupação “passa pelos que sofrem mais”. Se o patrão “é uma figura emblemática da Revolução Industrial”, os trabalhadores também fazem “parte deste mecanismo laboral”. Mas outrora os patrões “faziam tudo” porque “não havia Segurança Social e não havia protecção”. Estes promoviam o desenvolvimento, “organizavam a vida social e económica” apesar de ser muitas vezes “o homem odiado”. E neste aspecto a UCIDT e depois a ACEGE “tiveram um papel fulcral na formação dos empresários”. Uma palestra onde Mons. Evangelista fez um historial do movimento, “que divulga a Doutrina Social da Igreja”, e a relação para a “abertura com ética empresarial”.


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