Nacional

CNJP critica «falsas verdades»

Diário do Minho
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A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) apresentou anteontem no Porto um livro em que procura «desmontar » o que classifica de «falsas verdades» dominantes sobre o desenvolvimento sustentável e a justiça social. «Há ideias que passam, veiculadas pela comunicação social e até em artigos académicos, que são falsas verdades, como a ideia de que é preciso crescer primeiro para repartir depois. Isto é uma falácia», disse a presidente da CNJP, Manuela Silva, na apresentação do livro “Cidadania activa — Desenvolvimento justo e sustentável”, que coordenou. Manuela Silva deu como outro exemplo de falsa verdade o «divórcio criado entre economia e ética, muitas vezes justificado pelos negócios», mas que, em sua opinião, não tem razão de ser porque é possível fazer negócios respeitando princípios éticos. «Caminhamos para uma nova era económica, baseada no conhecimento. O objectivo deste livro é contribuir para uma maior compreensão dos processos de mudança», referiu a presidente da CNJP, organismo laical da Igreja Católica com autonomia de responsabilidade. Manuela Silva, professora universitária de Economia, manifestou-se preocupada com os «riscos de marginalidade e exclusão social» fomentados pelas mudanças muito rápidas que estão a acontecer no Mundo, dificultando o desejado desenvolvimento justo e sustentável. O livro lançado quarta- feira no Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa reúne contribuições de 11 membros da CNJP, bem como os textos das intervenções numa conferência sobre o tema organizada pela Comissão em Lisboa em Maio de 2005 e que contou com a participação de mais de 200 pessoas.


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