CNJP promove cidadania activa Octávio Carmo 17 de Janeiro de 2006, às 17:17 ... A obra «Cidadania Activa - Desenvolvimento justo e saudável» , da Comissão Nacional de Justiça e Paz (CNJP), será lançado amanhã, dia 18, , na Universidade Católica Portuguesa, pólo da Foz, Porto, pelas 18 horas. A apresentação estará a cargo de Maria Manuela Silva, presidente da CNJP e coordenadora da edição. A nova presidente da Comissão já tinha explicado à Agência ECCLESIA que a divulgação desta obra em várias localidades do paÃs faz parte do plano de acção para 2006, dando continuidade ao trabalho desenvolvido pelo grupo de reflexão sobre economia e sociedade. O objectivo é ver esta obra transformada “num instrumento de trabalho e de reflexão para os cristãos†sobre questões do mundo do trabalho e do emprego num mundo globalizado, como referia Manuela Silva. A iniciativa deste lançamento é da Comissão Diocesana Justiça e Paz do Porto. No livro estão reunidos textos de uma reflexão colectiva partilhada numa Conferência da CNJP "Por uma cidadania activa na construção de um desenvolvimento justo e saudável" e num Seminário sobre "Os novos horizontes da inovação - Fazer da empresa um bem social". A conferência “Por uma cidadania activa na construção de um desenvolvimento justo e sustentável" viu serem contestados os efeitos perniciosos de uma globalização desregulada. “Estamos em fase de profundas transformações na economia e na sociedade, que não poderão ficar entregues, exclusivamente, à mera lógica dominante da maximização do lucro e dos interesses financeiros dos actores mais poderosos, como presentemente vem sucedendoâ€, assegurou a CNJP. O papel do mercado, “um elemento axial da economia contemporâneaâ€, esteve no centro da reflexão, tendo-se considerado que o mesmo não é tudo: “o mercado é incapaz de resolver o impacto negativo das flutuações económicas; o mercado não corrige as desigualdades de rendimento ou a excessiva concentração do poder económico empresarial, antes tende a agravá-las; o mercado pode ser muito ineficiente na afectação de recursos entre as actividades que geram custos ou benefÃcios externos, assim como não garante a provisão de bens públicos e bens de utilidade social indispensáveis ao próprio desenvolvimento da economia e ao progresso socialâ€. Os elementos privilegiados na reflexão apresentada pela CNJP foram a economia do conhecimento no processo de globalização em curso e sua incidência na mudança de paradigma económico-social; a importância de novas vias de regulação social, quando desaparecem, ou grandemente enfraquecem, as unidades organizativas formais; o alcance de um novo conceito de empresa como bem social e de responsabilidade social da empresa. A conferência ressaltou também a importância crescente de que se reveste uma “cidadania activaâ€, participante e responsável do nosso futuro colectivo. “A complexidade com que se desenvolve a economia e a sociedade e a aceleração com que ocorrem as mudanças exigem que exista, por parte dos cidadãos e cidadãs, um regular acompanhamento responsável dos processos de mudança em curso e permita uma previsão atempada de novos problemas emergentes e provisão dos meios para lhes fazer faceâ€, defendeu a CNJP. CNJP Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...