Assinalou-se hoje o primeiro aniversário da morte da Irmã Lúcia, com uma celebração Eucarística, aberta a toda a comunidade e presidida pelo Bispo de Coimbra. A pequena capela do Carmelo de Santa Teresa encheu-se por completo.
D. Albino Cleto destacou a figura da Vidente como alguém fundamental na divulgação da Mensagem de Fátima. “Ela não se apegava a milagres, porque o grande milagre é vermos que esta Mensagem está presente pelo mundo fora, graças a uma mulher simples”, explicou aos jornalistas.
Na homilia da celebração, o prelado lembrou que a Ir. Lúcia “recebeu sinais de Deus, mas nunca lhos exigiu ou pediu, porque tinha um coração aberto”.
A cerimónia simples, mas repleta de significado, ocorreu a menos de uma semana da trasladação do corpo de Irmã Lúcia para o Santuário de Fátima. A Prioresa do Carmelo de Coimbra, Ir. Maria Celina, referiu à ECCLESIA que junto das irmãs permanecerá “o relicário”, embora as relíquias partam no dia 19.
“Este ano passou muito depressa e ela tem sido uma presença contínua, parece que não desapareceu, é uma companhia diária”, assinala. A cela da Ir. Lúcia é um local de visita obrigatória para as Carmelitas e “será sempre a sua cela”, assegura a Prioresa.
Os claustros estão, por estes dias, repletos de flores e velas, deixados pelos muitos fiéis que por ali têm passado. As religiosas, essas, confessam que a emoção começa a crescer e admitem que não sejam capazes de cantar no adeus à Ir. Lúcia.
Centenas de milhares de pessoas são aguardas no próximo Domingo, em Fátima. O programa começa com uma Eucaristia, no Carmelo de Coimbra (reservada à comunidade), passando depois para a Sé de Coimbra, de onde o cortejo para o Santuário de Fátima. Aí, junto da XIV estação da Via-sacra, os peregrinos deslocar-se-ão para a Capelinha das Aparições. Às 15h00 é celebrada a Eucaristia, no altar do Recinto, a que se segue a trasladação da urna para a Basílica, a tumulação e a procissão do adeus, para a Capelinha.