Combater o anonimato vocacional LuÃs Filipe Santos 28 de Outubro de 2003, às 13:16 ... No Fórum Sacerdotal de Viana do Castelo A pastoral vocacional juntou, dia 27 de Outubro, no Seminário Diocesano de Viana do Castelo, uma centena de sacerdotes no âmbito do IX Fórum Sacerdotal, conduzido por Rubio Moran, um especialista espanhol na matéria. Para este sacerdote, que abordou a problemática “Uma Igreja chamada que chama — da pastoral vocacional à praxis do chamamentoâ€, a situação actual de desconforto e mal-estar generalizado cada vez que se aborda o tema só poderá ser ultrapassado quando todos se sentirem implicados a chamarem o outro e a chamarem em ordem a todas as vocações e não apenas a algumas. Dentro desta linha, Rubio Moran começou por deixar uma forte crÃtica à s paróquias, que funcionam muitas vezes como “sociedades anónimas, onde ninguém chama ninguém pelo nomeâ€. Neste contexto, “como podemos falar em vocações†— interrogou-se. Salientando que pastoral vocacional “não é uma especialidadeâ€, mas que faz parte de “toda a vidaâ€, referiu que o salto qualitativo que se exige passa por uma Igreja “geradora de vocaçõesâ€, sobretudo de “muitos leigos com consciência vocacional†porque fazem mais falta para a Nova Evangelização do que muitos padres. Ora na actual situação, outra das crÃticas ontem ouvidas em Viana do Castelo, a Igreja deverá passar quanto antes “da espera à propostaâ€, ou seja, de uma comunidade que “espera e reza pelas vocações para uma Igreja que as provocaâ€. Rubio Moran quis trazer novas achegas para uma prática nova, porque “a doutrina sobre a temática é abundanteâ€. Por isso, para que a sua passagem à prática “não continue a marcar passoâ€, sublinhou a necessidade de “convocarâ€, de “chamarâ€, de trazer para a praça pública este desafio provocatório da adesão. Quer dizer, em vez do anonimato que muitas vezes se vive no interior da prática religiosa massificada, urge tornar a Igreja numa “imensa sinfonia de nomesâ€. Desenvolvendo mais esta vertente personalista, o conferencista salientou que cada pessoa só é responsável quando chamada. E que, diante de um chamamento que entra pelos ouvidos, ninguém fica indiferente, independentemente da resposta que venha a ser obtida. Foi no contexto desta afirmação que questionou a afirmação “fácil†de que os jovens de hoje não se comprometem. Mais do que acusar, argumentou Rubio Moran, importa verificar se alguém os chamou, os confrontou, os desafiou. No actual contexto, disse ainda o orador, importa redescobrir o baptismo como chamamento fundador, considerando que o baptismo de adultos poderá trazer um renovado contributo. Por outro lado, acrescentou, a pastoral vocacional deverá protagonizar uma “redescoberta profunda do significado do que se realiza todos os diasâ€, nomeadamente através de uma “oração vocacional provocadora†e do “acompanhamento espiritual pessoalâ€, porque nada cresce sem acompanhamento e direcção. Diocese de Viana Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...