Nacional

Comissão Episcopal prepara Nota Pastoral sobre Capelanias Prisionais

Lígia Silveira
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Documento será entregue à Conferência Episcopal Portuguesa na Assembleia plenária em Abril

A Comissão Episcopal da Pastoral Social está a preparar uma Nota Pastoral sobre as capelanias prisionais. A garantia foi dada à Agência ECCLESIA pelo Pe. João Gonçalves, Responsável nacional pelas capelanias prisionais , um serviço que integra a Pastoral Social da Igreja. D. Carlos Azevedo, Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social pretende levar à Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, em Abril, uma nota pastoral sobre esse trabalho. Sobre isso mesmo, encerrando o Encontro Nacional das capelanias prisionais, que decorreu em Fátima esta Segunda e Terça-feira, D. Carlos Azevedo falou aos participantes sobre o trabalho de esperança que as capelanias desenvolvem. “Este poderá ser um esboço de uma nota pastoral que a Comissão Episcopal poderá assumir”, explica o Pe. João Gonçalves. O responsável nacional afirmou que a possível separação entre o trabalho voluntário, uma acção que integra o trabalho das capelanias prisionais, e o serviço de assistência das capelanias prisionais, foi uma das questões em análise no encontro nacional. “Ainda não dispomos do Guia Metodológico do Voluntariado em Meio Prisional. Quando o tivermos, se houver alguma questão que entre em desacordo com o nosso trabalho pastoral, colocá-la-emos. Sem o documento, falamos de princípios”. O responsável nacional afirma ainda “termos percebido que precisamos de nos organizar melhor de forma a propor os nossos esquemas de trabalho à Direcção-geral dos estabelecimentos prisionais”, aponta. “Não podemos partir as pessoas aos bocados”, afirma, explicando que um voluntário não se despe do que é quando vai fazer voluntariado. “Como não entendemos uma separação, porque o trabalho de voluntariado integra o trabalho das capelanias, teremos de explicar melhor o nosso trabalho”, frisa. O Pe. João Gonçalves acredita que “o governo não vai criar uma legislação que possa beliscar os direitos dos reclusos. Não será muito diferente da legislação já existente. O fundamental, que são os direitos dos reclusos, não serão alterados”. O responsável nacional das capelanias prisionais frisa a disponibilidade para ser ouvido sobre a legislação. “Considero que todos os contributos deverão ser válidos”. O encontro nacional frisou ainda a importância de as dioceses estarem organizadas no trabalho que desenvolvem nas capelanias prisionais. “Um trabalho que se pode estender também às paróquias, promovendo a proximidade, quer junto dos reclusos, como das suas famílias”. Notícias relacionadas Capelanias prisionais esperam nova lei


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