Nacional

Congresso Eucarístico Inter-paroquial em livro

Badaladas
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No culminar do Congresso Eucarístico Interparoquial, que foi o grande desafio pastoral das paróquias de Santa Bárbara, Ribamar e Lourinhã, foi apresentado no passado dia 29 de Julho o livro onde estão expressas não só as conclusões da actividade como as comunicações das sessões parciais e as catequeses, ambas dedicadas inteiramente à temática da Eucaristia na Igreja e no mundo. O Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, escreve no prefácio: “Desejo a todos os leitores deste livro um único e comum efeito: entregarem-se mais totalmente à Eucaristia que celebram. E se não estão habituados a celebrá-la, experimentem. Se a procuram só como um hábito, deixem-se surpreender pela sua força transformadora”. Aliás, D. José diz mesmo que a iniciativa não se esgota nela mesma, pois no congresso foram apontadas duas orientações para a vida cristã: a adoração permanente e o compromisso a favor da dignificação humana com todas as pessoas e em todos os lugares. Apontando a Eucaristia como a realidade central do cristianismo, as conclusões do congresso assumem contornos práticos”. Há todas as razões para se manter, actualizar e desenvolver a devoção tradicional ao Santíssimo Sacramento. Na linha cultural justifica-se aprofundar a vida sacramental, difundir a celebração da palavra e a meditação pessoal e em grupo, não só a partir de leituras bíblicas e doutrinárias, mas também com base nas realidades do dia a dia. Segundo o documento conclusivo, na perspectiva social pode falar-se de cidadania eucarística, fortemente empenhada numa ordem económica, social e cultural diferente. Aquela orienta-se para o reino de Deus, no qual se sintetizam a bem-aventurança eterna e a felicidade humana. A nova ordem não é redutível a nenhum partido político ou projecto social, mas pode influenciá-los a todos, pode até dar origem à conversão permanente, através da qual se procura em simultâneo melhorar o bem comum e a cooperação. No âmbito das comunidades paroquiais foram recomendadas três linhas orientadoras de acção social, a saber: solicitude para com todas as pessoas, sobretudo as mais carenciadas; contributo para a solução de problemas sociais; e participação activa no desenvolvimento harmonioso da sociedade. Dado que a Eucaristia é fonte de vida, deverá ser vivida com espírito jovem. A vida eucarística será rejuvenescida nas próprias actividades dos jovens e na maneira como as comunidades cristãs se adaptarem a eles. Já a família é um espaço de partilha e de comunhão, que será tanto mais consequente quanto mais a vida familiar se basear no respeito mútuo, no diálogo, no testemunho e no aperfeiçoamento comum. Nuno de Almeida, “Badaladas”


Ano da Eucaristia