Conclui-se este Sábado, em Fátima, o II Congresso do Movimento dos Convívios Fraternos, com a presença de cerca de 80 congressistas de todo o País e com os contributos de 4 Bispos da Igreja Portuguesa.
Na sequência das conclusões do primeiro dia de Congresso em que se debateram formas de reformar e reforçar a Acção Pastoral do Movimento no dia-a-dia após os Encontros dos Convívios Fraternos e de cujos debates deverão resultar propostas de intervenção concretas para ajudar os jovens a manter e a fazer crescer a sua Fé, em todos os Ambientes com que têm contacto, a começar na Família, passando pela Paróquia, pela Profissão e pelo seu lugar na Sociedade, os Congressistas abordaram desta feita as questões ligadas aos contributos dados pelo Movimento à Pastoral Vocacional e ao empenhamento dos seus membros na sua Missão, como leigos, na Igreja.
De acordo com o Pe. Valente de Matos, Fundador do Movimento “Durante 40 anos, o Movimento dos Convívios Fraternos não só enriqueceu a Igreja com tantos casais extraordinários que,, como verdadeiras Igrejas Domésticas, testemunham Jesus Cristo, como deu à Igreja inúmeras vocações sacerdotais e religiosas, hoje comprometidas na Construção do Reino de Deus. É pois chegado o momento de partilhar experiências e de reflectir, com consciência de Igreja, sobre as respostas que os Convívios Fraternos podem e devem dar, primeiro à Evangelização dos seus jovens e casais após o convívio e em seguida à Evangelização e apostolado junto dos outros jovens e casais afastados da Casa do Pai”
No segundo dia o Congresso contou com as intervenções dos Bispos D. António Francisco, Bispo de Aveiro, sobre o “Contributo dos Convívios Fraternos à Pastoral Vocacional” e de D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, sobre “A Missão dos Leigos na Igreja de hoje”.
Na sua intervenção, D. António Francisco lembrou que o Movimento dos Convívios Fraternos se propõe a “desenvolver a vocação apostólica e missionária, de modo a comprometer na Evangelização do meio em que se vive, e a aceitar o chamamento de Deus na vida Sacerdotal ou na vida Consagrada”. Neste contexto, salientou a importância dos Movimentos e em particular dos Convívios Fraternos, como um lugar de descoberta e desenvolvimento da Vocação, a juntar a outros como a Família, a Comunidade, os Párocos, a Escola e a Universidade, sendo que aqueles se constituem como um campo fértil e inesgotável de graça vocacional.
Em jeito de Conclusão afirmou que “só num ambiente espiritualmente trabalhado é que florescem as Vocações. Sem santidade dos chamados não se ouve o chamamento e sem Santidade vocacional não há vocação” e pediu aos jovens dos Convívios Fraternos, dinamismo apostólico, autenticidade de vida cristã, coerência do testemunho e exemplo de vida e atenção à vos de Deus.
D. Ilídio Leandro, que esteve presente no Congresso em representação da Comissão Episcopal Portuguesa, na sua intervenção salientou o facto de que “é necessário anunciar sem ter medo ou vergonha de ser descoberto” e, recorrendo ao Concílio Vaticano II, nomeadamente aos Documentos “Gaudium et Spes” e “Lumen Gentium”, e à Encíclica “Vocação e Missão dos Leigos na Igreja e no Mundo” de João Paulo II, referiu-se à necessidade do jovens serem “profetas e mensageiros de Jesus Cristo” e de ser necessário fazer uma aposta clara na formação dos Leigos Jovens e Adultos.
Respondendo aos desafios lançados pela intervenção de D. Ilídio Leandro, os congressistas discutiram posteriormente as formas de concretizar a necessidade de formar os Leigos, os sectores onde seria prioritário fazê-lo e a forma como a Eucaristia de Domingo deve ter consequências e levada para a Vida e para o Mundo, lugar privilegiado da acção apostólica dos Leigos.
Para finalizar o dia de trabalho, teve posteriormente lugar a intervenção de. Benjamim Ferreira, Coordenador do Secretariado Nacional do Apostolado dos Leigos e da Família, que definiu as linhas de acção deste organismo e que deu, por essa via, um importante contributo para o alcançar dos objectivos do Congresso.