O Pe. Luis Kondor recebe cartas com frequência a pedir a beatificação da Irmã Lúcia
Um ano após a morte da Irmã Lúcia (13 de Fevereiro de 2005) “cresce a fama de santidade desta vidente de Fátima” –confidenciou à Agência ECCLESIA o Pe. Luis Kondor, vice-postulador para a causa da canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto. E acrescenta: “recentemente recebi um embrulho com cartas - pesava 17 quilos – onde se pedia a beatificação da Irmã Lúcia”.
O Código Direito Canónico estabelece que são necessários 5 anos para a abertura de um processo de canonização por isso “temos de ter calma” – realça. No próximo dia 19 de Fevereiro será a trasladação do corpo da Irmã Lúcia do Carmelo de Coimbra para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Depois “se os bispos entenderem pede-se a dispensa para abrir o processo” como aconteceu nos casos de João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá, – disse o Pe. Luis Kondor. Para que este desejo de “muitas comunidades” se concretize existe já pontos favoráveis. “O livro da Irmã Lúcia - «Os Apelos da Mensagem de Fátima» - teve a aprovação da Congregação da Doutrina da Fé. O livro foi editado também no Vaticano e está espalhado em muitas línguas. Quando começar o processo esta aprovação terá muito valor” – sublinhou.
Em relação à obra «Memórias da Irmã Lúcia», está publicada em 18 línguas. Em Roma “estão a fazer a tradução para a Coreia e estão também a imprimir para a língua ucraniana”. Os católicos da Ucrânia que “trabalham em Portugal poderão ter o livro na sua própria língua” – esclareceu o Pe. Luis Kondor.
Espalhado por 44 países, o Movimento «Apostolado Mundial de Fátima» foi, recentemente, reconhecido pela Santa Sé como Associação Pública de Fiéis de Direito Pontifício. O reconhecimento oficial será efectuado numa cerimónia pública que se realizará amanhã (3 de Fevereiro) na Aula Magna do Conselho Pontifício para os Leigos, em Roma. A mensagem de Fátima “tem muita importância para o mundo e avança até aos confins da terra como as caravelas portuguesas”. E realça: “se eu fosse uma caravela ia até ao Japão com o movimento”.
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