Nacional

Crise exige «escolhas de grande alcance»

Agência Ecclesia
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ACEGE defende emagrecimento das contas do Estado e reforço do papel solidário das empresas, em articulação com a Igreja

Lisboa, 06 mai 2011 (Ecclesia) – Os empresários cristãos consideram que a recuperação de Portugal “exige escolhas públicas e privadas de grande alcance”, a começar pela “reforma social do Estado”, que favoreçam “um modelo de sociedade fraterno e justo”.

“Para voltarmos ao crescimento económico que nos permita reduzir o emprego, sustentar politicas sociais e pagar dívidas, é essencial reduzir o custo do Estado, libertar recursos para as famílias e empresas e reorientar prioridades das políticas públicas” realça a Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.

A organização sustenta que esta reestruturação é um “direito fundamental que não pode ser negado aos cidadãos”, devendo ser feita “sem condicionalismos politico-partidários ou corporativos ilegítimos”.

Quanto ao papel das empresas, a ACEGE defende uma atuação orientada para critérios de produtividade e “Bem Comum”, alargando horizontes a diferentes oportunidades de negócio, cumprindo com as suas obrigações junto dos trabalhadores e, sobretudo, respeitando encargos económicos assumidos.

“O não pagamento de impostos constitui uma conduta ilegal e de profundo egoísmo, fazendo recair noutros a parte que a cada um cabe no encargo social da crise” apontam os empresários cristãos.

Combater a “emergência económica” pede igualmente uma nova atitude empresarial face à sociedade, principalmente ao nível da aposta em iniciativas de caráter solidário.

A ACEGE acredita ser “um dever moral dos produtores de riqueza cruzarem as suas organizações com o sofrimento social, dando assim respostas a quem mais precisa”.

Neste sentido, a “articulação” do tecido empresarial com a Igreja Católica, “o maior empreendedor social português” é vista como uma “prioridade” para aqueles responsáveis.

JCP



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