Cultura da Solidariedade precisa da Comunicação Social A Defesa 07 de Fevereiro de 2007, às 16:00 ... Eugénio da Fonseca pede também à s instituições que estejam A Comunicação Social é um aliado fundamental para a cultura da solidariedade porque, pela forma como a sociedade se organizou, "tudo passa pela comunicação social, porque se não passar, não existe". Se sublinhou Eugénio da Fonseca, Presidente - Adjunto da CNIS numa entrevista concedida ao jornal «Solidariedade». Ao fazer o balanço do primeiro ano de mandato da direcção da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), o presidente-adjunto - já trabalhou com três presidentes - realça que se conseguiu formar uma "verdadeira equipa". E avança: "tudo o que prevÃamos realizar, quando este grupo se candidatou no último congresso, está a ser cumprido". Nesta equipa coesa, a unidade criada "leva-me a afirmar que já não há vendaval nenhum que faça afundar a barca". Com uma experiência vasta nesta área, Eugénio Fonseca sublinha naquele mensário que o perÃodo mais complicado com o poder polÃtico foi no último governo - sobretudo antes da revisão governamental e "invocando razões orçamentais, nós sentÃamos que o diálogo não era tão aberto" por isso "foi uma das grandes dificuldades da anterior direcção que apanhou nesse perÃodo uma nova visão do social". "Pôs-se em causa muita da polÃtica social que os governos anteriores tinham implementado e procurou-se fazer isso, muitas vezes, sem o diálogo suficiente" - afirmou. Actualmente, o presidente - adjunto da CNIS reconhece que "estamos perante um governo que pensa as polÃticas sociais, procura, tanto quanto possÃvel, pelo menos no discurso teórico, que isso se faça em conciliação com os restantes parceiros". A questão dos ATLs Ao abordar «a questão» dos ATLs, Eugénio da Fonseca esclareceu que a escola não estava a responder à s necessidades das crianças. "Aà reconheço que a preocupação é legÃtima e que tinha que fazer-se alguma coisa. Agora, como neste paÃs é habitual, parte-se do pressuposto de que nada está feito, que se tem que começar tudo do princÃpio". A concretização de um "modelo misto, mais aproximado, talvez fosse mais ao encontro das necessidades das famÃlias e das crianças" . E completa: "julgo que se formos desapaixonados numa avaliação, tendo como único critério o bem das crianças e o serviço à s famÃlias, se calhar vamos concluir que o modelo não serve. A percepção que vou tendo é que as crianças continuam desprotegidas, as escolas não têm condições para responder e estão-se a reproduzir modelos que são a continuidade daquilo que se contesta na escola. Não fazer da escola um espaço de cidadania e ser apenas uma oficina de escolarização é muito pesado para as crianças daquela idade". Ao fazer referência aos acordos de cooperação entre os Estado e as Instituições, Eugénio da Fonseca apurou que "o Estado quando faz acordos de cooperação com instituições é para apoiar as famÃlias, não é para apoiar as instituições, porque a instituição só existe de facto se for para servir a comunidade, porque se não for para isso é melhor que feche, porque não tem razão de ser". Ao nÃvel das grandes causas para o sector social solidário, o Presidente - Adjunto da CNIS sublinhou que "as instituições têm que estar sempre abertas à mudança". Quem está aberto à mudança "consegue ler os sinais do tempo e consegue actualizar as respostas que em determinado momento está a dar e que podem já não corresponder aos anseios do tempo presente. Esse é um grande desafio: o de não resistirmos à mudança". NotÃcias relacionadas •Entrevista a Eugénio da Fonseca Solidariedade Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...