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D. Albino Cleto fala da experiência sinodal

D. Albino Cleto
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«Esta não é reunião para discutir ou precisar pontos de doutrina, mas sim um encontro pastoral»

Línguas de tagarelas, que os há em toda a parte, dizem por aí: Que vêm fazer os Bispos, se já tudo está dito, e dito para o nosso tempo, pelo Papa João Paulo II nos seus dois últimos e maravilhosos documentos sobre a Eucaristia? Ora, é bom considerar que foi justamente quem publicou a encíclica "A Igreja da Eucaristia" e a exortação "Fica connosco Senhor" aquele que convocou o Sínodo. Ao repetir a convocatória, Bento XVI e os participantes na Assembleia sabem que esta não é reunião para discutir ou precisar pontos de doutrina, mas sim um encontro pastoral para avaliar como vai a fé e a prática dos filhos da Igreja. De verdade, no tocante ao mistério eucarístico e tendo como espelho os documentos do Concílio e os referidos textos do saudoso Papa João Paulo, muita coisa há a apreciar, a corrigir, a valorizar. Esta viagem pelo mundo que se faz na primeira parte do Sínodo, com sucintas comunicações dos participantes, mostra bem o que de bom e de desorientante está acontecendo e, sobretudo, carências que se fazem sentir. Na próxima semana tentarei uma síntese destes relatos. Independentemente do que se ouve na grande e moderna sala sinodal, mandada construir para o efeito por Paulo VI, impressiona aquilo que se vê. Efectivamente, a presença de Pastores vindos de todos os cantos do mundo, na mistura de cores e de vestes que a natureza e as culturas nos oferecem, é um hino à catolicidade da Igreja de Cristo. E à sua unidade também. O Sínodo iniciou-se com uma celebração em que se pediu a vinda do Espírito Santo. Que Ele nos ajude a compreender o nosso tempo e o que há-de ser para ele a mesa do Pão da Vida † Albino Cleto – Bispo de Coimbra


Sínodo dos Bispos