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D. António Marto agradeceu ajuda dos hoteleiros no acolhimento aos peregrinos

LeopolDina Reis Simões
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Terminou há momentos, na Capelinha das Aparições, a Eucaristia que deu início à 29ª edição do Encontro de Hoteleiros de Fátima e Responsáveis de Casas Religiosas que acolhem Peregrinos, uma iniciativa do Santuário de Fátima, organizada pelo Serviço de Peregrinos. A presidir à Eucaristia, D. António dos Santos Marto, Bispo de Leiria-Fátima, saudou afectuosamente os 123 participantes no encontro, a quem agradeceu “a colaboração com este Santuário, para que, no campo do acolhimento, ajudem o Santuário a cumprir a sua missão”, que é, afirmou, ajudar o peregrino a chegar ao coração da fé cristã. “Um dos grandes aspectos da mensagem de Fátima foi o de chamar o mundo ao coração da fé, ao Deus verdadeiro, a Jesus Cristo”, afirmou, acrescentando que “os peregrinos vêm (a Fátima), onde procuram viver uma experiência de fé, através do Imaculado Coração de Maria”. D. António Marto reflectiu, também, durante a homilia sobre a figura de Jesus Cristo. “Não se conhece bem a Jesus se não se reconhece Jesus como salvador (…) Não é uma doutrina, não é um conjunto de fórmulas, quem nos salva é uma pessoa, é Cristo”, disse. A reflexão alargou-se aos grandes problemas que a humanidade viveu durante o século XX, em especial com as duas Grandes Guerras. O Bispo de Leiria-Fátima salientou que “num tempo em que assistimos a um eclipse cultural de Deus, parece que Deus desaparece das consciências e da cultura da sociedade – e quando Deus desaparece do convívio dos homens, os homens tornam-se ferozes para com os próprios homens – (…) Nossa Senhora veio também (em Fátima) gritar à consciência do homem, para que faça um exame de consciência, para sabermos para onde caminhamos”. “Por isso o Santuário (de Fátima) continuará a ser um lugar onde se ouve o apelo da Mãe de Deus à paz (…), uma encruzilhada de homens e mulheres do mundo que trazem as suas contradições interiores, as suas lutas interiores, os seus falhanços pessoais, mas, ao mesmo tempo (trazem) a esperança de se regenerarem, de alcançarem a paz”, reiterou D. António ao frisar também que Fátima “é um lugar onde os peregrinos virão reencontrar a paz”. Neste sentido, D. António Marto apelou aos hoteleiros para que “no acolhimento, na atenção a cada pessoa, possam também contribuir, à vossa medida, com os vossos meios, para a pacificação, para a paz, no coração das pessoas”.


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