Nacional

D. Januário pede verdade na questão do Iraque

Luís Filipe Santos
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Capelão português passa a Páscoa naquele país

Os elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) presentes no Iraque terão a companhia, durante as celebrações pascais, do Pe. José Manuel Cecílio Pereira, capelão da Escola Prática da GNR. Este sacerdote, partiu para aquele país dia 5 de Abril, levou na «bagagem» “incentivos para a fidelidade aos compromissos, ao serviço, à partilha, à compreensão e à estima pelos outros. Este é o sentido da Páscoa porque é o sentido da Vida” – disse antes de partir. Apesar dos últimos acontecimentos no Iraque (elementos portugueses feridos), este capelão “é um homem corajoso” – disse à Agência ECCLESIA D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas e de Segurança, que partiu hoje (dia 7) para Timor para passar a Páscoa com os militares portugueses. E acentua: “pedi-lhe que levasse àqueles homens a minha solidariedade por aquilo que está a ocorrer no Iraque”. Para o prelado, o início deste processo – sensivelmente há um ano – “devia ser totalmente diferente” porque “houve equívoco e mentira”. Saddam Hussein “foi um déspota” mas “não tem nada a ver com o terrorismo internacional” – disse D. Januário Torgal Ferreira. Os actos terroristas vividos nos últimos tempos são “retaliações e vinganças”. Os Estados Unidos – sublinha o prelado – “não podem levar ao esmagamento”. E deixa um conselho a este país: “devem ter a humildade de dizer o que Collin Powell disse recentemente – eu começo a duvidar das informações que me deram”.


Guerra do Iraque