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D. Jorge Ortiga quer cristãos activos na solução da crise

Lígia Silveira
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Arcebispo de Braga e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa pede aos leigos que não se resignem

D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, apelou aos cristãos para que tenham uma participação mais efectiva na solução da actual crise mundial, que também Portugal conhece. “A actual situação mundial pode significar um déficit de atenção ao espiritual e, simultaneamente, uma ausência dos cristãos nesta corresponsabilidade de transformar as realidades terrestres”, apontou o Arcebispo Primaz na homilia da eucaristia a que presidiu na celebração do Cristo-Rei, que marca a conclusão do Ano Litúrgico. “O cristão deve assumir o seu projecto libertador e fazer com que ele permeie as realidades humanas”, indicou, acrescentando o dever de «romper» com o tradicional compromisso a nível interno das comunidades, “para situar a acção e vocação no mundo do humano como espaço onde os leigos vivem”. D. Jorge Ortiga relembra que o compêndio da Doutrina Social da Igreja é elucidativo quando afirma que a “Igreja apoia e ilumina o papel das associações, de movimentos e dos grupos laicais empenhados em vivificar, de modo cristão, os vários sectores da ordem temporal.” “Mais do que nunca a Igreja necessitou de leigos empenhados e responsáveis pelas diversas dimensões do seu serviço pastoral. Só que não nos podemos refugiar nestes âmbitos e esquecer que existimos para ser fermento e sal duma sociedade que queremos nova”, recordou o Arcebispo de Braga. D. Jorge indicou que os cristãos, “individualmente ou em grupo e como cidadãos guiados pela consciência cristã”, devem trabalhar para “melhorar os contextos sociais, fazendo-o através da oração, da reflexão e do diálogo”. Indica o Arcebispo que “existem realidades que não podemos ignorar para disfarçar”: “Urge partir para a denúncia quando oportuna e devidamente pensada e para o empenho na solução dos variadíssimos problemas que estão a deturpar a vida humana”. D. Jorge Ortiga apelou à não resignação ou à entrega externa das soluções: “O Evangelho não permite deleguismos e ignorâncias culpáveis”. Notícias relacionadas Homilia de D. Jorge Ortiga no encontro da festa de Cristo Rei


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