Nacional

D. José Policarpo lembra exemplo de Paulo

Octávio Carmo
...

Início do Ano Paulino deu um enquadramento simbólico à ordenação de sete padres e quatro diáconos nos Jerónimos

O Cardeal-Patriarca presidiu este Domingo à cerimónia de ordenação de sete padres e quatro diáconos. A celebração teve lugar no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, coincidindo como primeiro dia do Ano Paulino. “Este ano, por vontade expressa do Santo Padre, as atenções fixam-se no apóstolo Paulo por celebrarmos hoje os dois mil anos do seu nascimento. Para vós, queridos ordinandos, é uma coincidência carregada de significado: o receberdes a ordenação sacerdotal ou diaconal no primeiro dia do Ano Paulino. O apóstolo Paulo e o seu itinerário de fidelidade impõe-se como modelo inspirador do vosso Ministério”, disse. O Patriarca deixou conselhos aos novos padres e diáconos, frisando que “a fé é um combate que há-de dar forma à vossa fidelidade a Cristo, à Igreja, ao Povo que Ele ama e a quem vos confia”. “O sacerdote tem de aprender a acreditar em Jesus Cristo, na Igreja e a amar Jesus Cristo, amando a Igreja. E este caminho de fidelidade é percorrido em Igreja, de modo particular na comunhão do nosso Presbitério, no qual uns iniciam o caminho, para outros vai já longa a caminhada, para alguns ela aproxima-se da coroa da glória”, indicou. Partindo de uma passagem da Carta a Timóteo, D. José Policarpo lembrou que para Paulo “a fidelidade à fé foi um combate, o bom combate. Sofreu muito por causa dela, sentiu certamente a obscuridade e, porventura, a confusão da dúvida”. “As peripécias da missão, as vicissitudes da Igreja nascente, as divisões nas comunidades, a deserção de alguns, devem ter adensado a pertinácia de ser fiel à escolha da fé, às exigências da fé, à «obediência da fé»”, complementou. Para o Patriarca, “a fé é, neste caminho de peregrinos, o espaço da nossa experiência de amor, na esperança e no desejo de que o amor um dia seja pleno, anulando a obscuridade da fé e satisfazendo todo o desejo”. “Paulo está de tal maneira consciente de que é na fé que se ama Jesus Cristo, que se nos revela como Salvador, que a maior urgência é comunicar a fé, que nasce da Palavra que é Cristo vivo, porque Ele é a Palavra encarnada. Evangelizar é proporcionar aos homens a relação vital com Jesus Cristo”, precisou. Notícias relacionadas • Homilia do Cardeal-Patriarca na Missa das Ordenações


Ano Paulino