D. Serafim Ferreira e Silva, Bispo de Leiria-Fátima presidiu à cerimónia de inauguração de uma capela em honra de Nossa Senhora de Fátima na cidade de Petersberg, na Alemanha. Em entrevista a Zoreslawa Kowal, da Ajuda à Igreja que Sofre, D. Serafim Ferreira e Silva falou sobre a consagração especial da Rússia a Nossa Senhora e sobre o diálogo inter-religioso em Fátima.
Centenas de católicos assistiram à inauguração da capela do Apostolado Mundial de Fátima na Alemanha, na cidade de Petersberg, na região de Fulda. Segundo o director do Apostolado, D. Ludwig Vogel, a consagração desta capela memorial consagrada a Nossa Senhora assinala os 50 anos da consagração da Alemanha a Nossa Senhora e celebra também os 150 anos de jubileu do dogma da Imaculada Conceição.
Dois bispos marianos presidiram à cerimónia e à Missa Pontifical, D. Serafim Ferreira e Silva e D. Heinz Algermissen, bispo de Fulda. Antes da inauguração da capela os prelados rezaram juntos pela paz na antiga fronteira que dividia a Alemanha Ocidental da Oriental.
Em entrevista à Ajuda à Igreja que Sofre, D. Serafim Ferreira e Silva confirmou que no Ano Santo de 2000, o Papa João Paulo II, consagrou todo o mundo e a Rússia em especial a Nossa Senhora de Fátima. A consagração ocorreu durante um Sínodo Extraordinário de bispos em Roma defronte à estátua de Nossa Senhora, trazida especialmente do Santuário de Fátima.
Referindo-se à Rússia, o Bispo de Leiria-Fátima entende que “a conversão significa mudança cultural. Mudança de uma politica marxista para uma fraternidade mais humana, mais cristã”.
D. Serafim Ferreira e Silva lembrou as palavras de Nossa Senhora aos pastorinhos: “por fim o meu coração triunfará”. O prelado acredita na conversão da Rússia ao cristianismo: “Já existem resultados (…) quanto tempo demorará não o sabemos, mas acredito e sei que irá acontecer”.
Em relação à questão do diálogo inter-religioso no Santuário de Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva considera que “na origem dessa discussão há um equivoco”. O prelado considera ter existido uma falsa interpretação: “Em Outubro de 2003, num congresso internacional no Santuário, falei numa Igreja nova que seria também polivalente. Alguém disse que se este centro inter-religioso pode receber qualquer religião não é um centro católico”.
O Bispo de Leiria-Fátima considera a questão como um “fait-divers”, uma vez que o Santuário de Fátima sempre colocou em prática o diálogo ecuménico “porque Fátima é um oásis, onde qualquer pessoa que lá vá pode respirar a pura atmosfera espiritual e cristã”.
Recordando o Pe. Werenfried, o bispo português descreve o fundador da Ajuda à Igreja que Sofre como alguém que “pensava nas pessoas e nas nações com dificuldade de liberdade e de fé, e também em dificuldades económicas. Era verdadeiramente um profeta”.
A missão expressa na mensagem de Fátima para a conversão da Rússia une há várias décadas o Apostolado de Fátima, que existe em cerca de 120 países. O Padre Werenfried era, desde 1979, membro honorário do Apostolado da Fátima na Alemanha.
O Secretariado Internacional da Ajuda à Igreja que Sofre saúda a consagração da capela de Petersberg a Fátima e apela a todos os benfeitores e amigos da instituição para agradecer em oração a Nossa Senhora pelas graças recebidas.
Informação geral:
Fundação Ajuda à Igreja que Sofre
A nossa missão é ajudar a Igreja que sofre através da informação, da oração e da acção.
Criada em 1947 pelo Padre Werenfried van Straaten, inspirado na mensagem de Fátima, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre é uma organização universal, dependente da Santa Sé, que apoia projectos pastorais em cerca de 130 países onde a Igreja se encontra em dificuldades.
A defesa dos direitos humanos e da liberdade religiosa, bem como a denúncia dos totalitarismos, do fanatismo religioso, a multiplicação das seitas e a falta de sacerdotes são, entre outras questões, as áreas actuais de acção da nossa organização.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre divulga informação cristã, em colaboração com os meios de comunicação social, através da impressão e distribuição de literatura religiosa e da publicação e divulgação de relatórios sobre a Igreja perseguida.
A promoção de uma “corrente de oração” junto dos cristãos em Portugal em comunhão com todos os cristãos que estão impossibilitados de manifestar publicamente a sua fé, bem como por aqueles que os perseguem, é também parte fundamental da nossa missão.
Com o objectivo de disponibilizar meios para que a Igreja perseguida possa realizar a sua missão de evangelização, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre recolhe donativos de inúmeros benfeitores em todo o mundo para apoiar projectos de formação de líderes religiosos, de construção e reparação de edifícios religiosos, de disponibilização de meios de transporte para trabalho pastoral e de apoio a refugiados.
