Nacional

Decálogo da família

Pe. Nuno Almeida
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No 1º Dia da Família em Viseu

“Os pais têm uma particular responsabilidade no campo da educação da afectividade e da sexualidade. Para um crescimento equilibrado, os filhos deviam aprender de modo ordenado e progressivo o sentido e o significado da sexualidade humana e os valores humanos e morais que com ela estão relacionadas, evitando visões distorcidas. A melhor educação é a educação no amor e para o amor verdadeiro”. – Bispo de Viseu O Departamento de Ciências Sociais e Humanas da Escola Dr.Azeredo Perdigão, de Abraveses, Viseu, organizou o “1ºDia da Família”, no dia 20 de Maio de 2005. Esta acção de formação aberta a todos os professores, pais e demais encarregados de educação foi dinamizada por Dr. Henrique Almeida, Dra Anabela Carvalho e D. António Marto, Bispo de Viseu. Deu as boas vindas o presidente do Conselho Executivo, Dr. Fernando da Costa Figueiral e moderou o encontro a Dra. Fátima, que juntamente com a Dra. Beatriz, leccionam Educação Moral e Religiosa Católica nesta escola. O Senhor Bispo falou do valor da família e dos valores na familía. “A família, - afirmou - nascida da comunhão íntima da vida e amor conjugal fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, é de importância primária e central em relação à pessoa humana, como ‘berço da vida e do amor’e como ‘lugar primário de humanização da pessoa e da sociedade’. Apresentou ainda um “decálogo da família”: 1.O valor da família baseia-se fundamentalmente na presença física e espiritual das pessoas com disponibilidade para a convivência e o diálogo, fazendo esforço por cultivar pessoalmente os valores e assim transmiti-los e ensiná-los. 2.A primeira coisa que devemos resolver numa família é o egoísmo: o meu tempo, a minha diversão, os meus gostos, o meu descanso… A união familiar não se faz numa fotografia. Vai-se tecendo todos os dias com pequenos pormenores de atenção e carinho. 3.Em casa todos são importantes: ninguém é melhor ou superior. Valoriza-se o esforço e a dedicação postos no trabalho, no estudo, na ajuda da casa. Saber-se apreciado, respeitado e compreendido, favorece a auto-estima, melhora a convivência e fomenta o espírito de serviço. 4. Seria utópico pensar que a convivência quotidiana está isenta de diferenças, desacordos e até discussões. A solução não está demonstrar quem manda ou tem razão, mas em mostrar que somos compreensivos e temos auto-domínio para controlar os desgostos e o mau génio. Todo o conflito cujo resultado é desfavorável a uma das partes diminui a comunicação e a convivência. Há que aprender a exercitar a arte do diálogo e da reconciliação. 5..É importante sublinhar que os valores se vivem em casa e se transmitem aos outros como uma forma natural de vida, isto é, pelo exemplo, com o testemunho de vida. 6.Muitas famílias encontram na fé e nas práticas da fé um guia e uma força para elevar a sua qualidade de vida. É que não existe verdadeira qualidade de vida sem vida espiritual de qualidade. Na vivência da fé forma-se a consciência para viver os valores diante de Deus e no serviço aos irmãos. Por isso, na fé encontra-se uma motivação mais elevada e mais íntima para formar, cuidar e proteger a família. 7.A família tem a responsabilidade de oferecer uma educação integral, que englobe as várias dimensões da pessoa humana: o desenvolvimento físico, intelectual, moral e espiritual. Neste caso os pais são os primeiros, embora não os únicos educadores dos filhos. Compete-lhes exercer com sentido de responsabilidade a acção educativa em estreita e vigilante colaboração com as instituições educativas. 8. Há que cuidar da educação cívica, das boas maneiras para não caírem na insolência, má educação, agressividade. Os pais têm uma particular responsabilidade no campo da educação da afectividade e da sexualidade. Para um crescimento equilibrado, os filhos deviam aprender de modo ordenado e progressivo o sentido e o significado da sexualidade humana e os valores humanos e morais que com ela estão relacionadas, evitando visões distorcidas. A melhor educação é a educação no amor e para o amor verdadeiro. 9.Toda a família unida é feliz para além da situação económica os valores humanos não se compram; vivem-se e transmitem-se como o dom mais precioso que podemos dar. Não existe a família perfeita, mas sim aquelas que lutam e se esforçam por sê-lo. 10. Espiritualidade de comunhão, como alma de toda a vida familiar.


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