Nacional

Dependência do jogo preocupa Igreja Macaense

Luís Filipe Santos
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Preocupação do responsável pastoral da comunidade de língua portuguesa em Macau

“Consciencializar os cristãos que estão em Macau sobre os malefícios do jogo é uma aposta da Igreja Católica” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Luís Xavier, Vigário Episcopal responsável pela pastoral da comunidade de língua portuguesa em Macau. É” necessário preparar de agentes pastoral que “saibam lidar com a dependência do jogo”. Com ele nascem os “problemas colaterais”. Se por um lado é “bom para a economia de Macau” por outro traz “consequências negativas” – frisou este sacerdote macaense que estudou em Leiria. Os donos do salões de jogo “oferecem salários muito altos e os jovens optam por não estudar”. E acrescente: “o ordenado mínimo são mil Euros por mês”. Escolhas que se reflectem no futuro com a “falta de formação contínua”. Devido à inflação dos ordenados – realça o Pe. Luis Xavier – as indústrias “mais simples têm dificuldades em encontram os seus empregados”. O jogo domina a economia de Macau e atrai outro pessoal que estava noutros serviços. Dificuldades existentes mas a secção chinesa está “a fazer um trabalho muito bom: consciencializar os jovens que o estudo é importante para terem estabilidade no futuro” – salienta. Na comunidade portuguesa “não existe esse problema” visto que a maioria dos estudantes regressa ao nosso país para estudar. Ao nível de estatísticas, o responsável adianta que “não sabe quanto portugueses estão radicados em Macau” devido à grande mobilidade destes. Mas avança um número: “talvez entre os cinco e os sete mil”. Há dez 10 anos atrás, cerca de 90% dos portugueses radicados em Macau eram cristãos mas, actualmente, o número “é mais reduzido”. Um “trajecto difícil” mas “estamos a melhorar” porque recebemos “muitos pedidos para baptismo”. Na comunidade portuguesa existe um padre português que “está na área da Comunicação Social” e o contributo dado “é mínimo” visto que “não tem mais disponibilidade”. A Companhia de Jesus (Jesuítas) também têm um sacerdote na “área educativa” e um sacerdote goês que está a trabalhar com mais empenho. Notícias relacionadas • A vitalidade da Igreja lusófona


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