“Na diocese de Setúbal há imigrantes que caíram em situação de «sem abrigo» por motivo da falta de trabalho”, denuncia à Agência ECCLESIA, Eugénio da Fonseca, o presidente da Cáritas de Setúbal. O problema do desemprego que também afecta aquela região é, para este responsável, “um grande problema da região de Setúbal” com a característica de “não haver uma economia de subsistência de suporte que ajude a suavizar as consequências do desemprego”. Outra dificuldade ainda, apontada por Eugénio da Fonseca, está no desenraízamento familiar ou seja, “ não há uma rede familiar de suporte, pelo que as pessoas que ficam sem o posto de trabalho, vivendo exclusivamente dele, ficam sem meios de subsistência ”, disse à Agência ECCLESIA.
Mas a Cáritas de Setúbal está atenta a estas situações e procura combater estas dificuldades no apoio aos mais carenciados. No caso dos Imigrantes que vivem na rua, apesar de não dispor de alojamento para todos, possibilita o acesso à alimentação, aos cuidados de higiene básicos e de saúde, e no que se refere ao trabalho procura encontrar, para estes, postos de trabalho. Segundo Eugénio da Fonseca alguns destes imigrantes, que vivem nesta situação desesperada, “já tiveram o seu posto de trabalho mas, ao fim de alguns meses, quem lhes arranjou esse trabalho, deixou de pagar e desapareceu”, explicou.
Em relação a outras situações de pobreza a Cáritas procura ir ao encontro das necessidades com o apoio económico dado pelas comunidade cristãs, e proporciona ainda acções de formação profissional, até no âmbito do ensino recorrente, “porque ainda temos gente, e gente jovem a precisar de fazer a antiga 4ª classe. Por outro lado aquela instituição de Setúbal vai estando em contacto com as entidades oficiais, estabelecendo parcerias, e alertando para a existência de determinados problemas.
Para fazer face a todos estes problemas de âmbito social, e de modo a poder conhecer melhor a realidade que envolve toda a diocese, a Cáritas Diocesana de Setúbal está a tentar criar um órgão consultivo que reúne gente de diferentes áreas pastorais e profissionais. Este órgão, o Conselho de Animação Sócio-Pastoral de Setúbal, poderá ser uma ajuda para “encontrar respostas de natureza pastoral, para ir ao encontro das problemáticas detectadas”, disse Eugénio da Fonseca.