Desemprego preocupa Bispo da Guarda LÃgia Silveira 30 de Março de 2009, às 17:58 ... D. Manuel FelÃcio pede aos poderes públicos que adiem «projectos de investimento» em nome da justiça social D. Manuel FelÃcio apela aos poderes constituÃdos que adiem “grandes projectos de investimento†em nome do combate ao desemprego que “na nossa região está dois ou três por cento acima da média nacional†e da fome. “Em nome da Justiça Social, sentimo-nos na obrigação de fazer um apelo aos poderes constituÃdos para que olhem para a nossa região, de facto desfavorecida e ajudem a criar respostas. Primeiro é preciso dar de comer a quem tem fome e só depois pensar naquilo que se pode dispensar ou, pelo menos, adiarâ€, afirmou o Bispo da Guarda na catequese quaresmal do V Domingo da Quaresma. A justiça social, refere o Bispo, foi sempre decisiva para o bem-estar dos cidadãos e das populações. Mas, na hora actual, “com a crise económica que o mundo atravessa, a justiça social exige de todos nós e das instituições uma redobrada atençãoâ€. Os bens disponÃveis têm um destino universal, frisa D. Manuel FelÃcio. “Os seus proprietários não são donos, apenas administradores temporários. Todo aquele que possui bens tem obrigação de partilhar com os pobres. Os bens supérfluos são dos pobresâ€. Pede o Bispo que a cada pessoa “seja dada a porção de bens materiais de que ela precisa para viver com dignidade, mas também e sobretudo que cada uma delas participe activamente no processo da produção destes bens e nas decisões sobre a sua distribuiçãoâ€. D. Manuel FelÃcio lamenta que “apenas um número reduzido de pessoas†esteja envolvida “no exercÃcio do direito de tomar decisões. A cada um deve ser respeitado o direito de decidir ou participar na decisão sobre aquilo que produzâ€, pois sempre que “uma pessoa está à margem do processo da produção ou lhe é negado o direito de decidir sobre o resultado do seu trabalho tem de ser considerado um excluÃdo ou marginal e neste último caso um espoliado ou roubado. Todos sabemos que a exclusão e a marginalidade constituem uma das maiores pragas da nossa sociedade, na hora actualâ€. “A justiça social obriga-nos a todos a levar a sério a dignidade de cada pessoa e seus direitos. Lembra-nos o destino universal dos bens e a obrigação da solidariedade universal que lhe está ligadaâ€. Sublinha D. Manuel FelÃcio o primado “do bem comum sobre os interesses particulares de pessoas e grupos†e a “opção preferencial pelos pobresâ€. “Aos cidadãos em geral, individualmente e em grupos, e principalmente aos poderes constituÃdos pede-se-lhes esforço conjugado de luta contra a pobreza. Aos cidadãos e à s associações de cidadãos pede-se-lhes que participem activamenteâ€. O Bispo da Guarda pede aos poderes constituÃdos que exerçam a justiça social “não só intervindo na equitativa distribuição dos bens, mas principalmente criando condições para que deixe de haver cidadãos de primeira e cidadãos de 2ª, para que não haja grupos humanos excluÃdos nem regiões que, por falta de condições objectivas, são sempre os parentes pobres, com nÃveis de pobreza acima de médiaâ€. NotÃcias relacionadas Catequese quaresmal do Bispo da Guarda Quaresma Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...