Desemprego, salários e reformas baixas, trabalho precário, falta de formação e qualificação profissional são razões apontadas pela LOC/MTC para a crise generalizada e para o aumento de desigualdades entre ricos e pobres.
Os operários católicos apelam ao Estado e o governo para que intervenham a favor do bem comum, “considerando sempre a fragilidade dos cidadãos mais pobres”.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a LOC/MTC mostra a “indignação e inquietação” pelo que se passa na Europa e em Portugal e afirma a “convicção de que só com trabalho digno, justamente remunerado e distribuído por todos poderá haver mais equidade e justiça social”, invertendo o aumento de pobreza no país.
O primeiro-ministro português, José Sócrates, considerou hoje da "maior importância" o acordo tripartido para a revisão do Código do Trabalho, cujo texto será aprovado amanhã, Quinta-feira, em Conselho de Ministros.
"ESte compromisso é da maior importância para adaptar a economia aos tempos de hoje, mas mantendo os níveis de protecção social", disse José Socrates aos jornalistas no final de uma reunião de concertação social, em que foi encerrada a negociação da revisão da legislação laboral.
No seu comunicado, a LOC/MTC sublinha a importância de reafirmar a necessidade “do emprego estável e de qualidade” e “acessível a todos”.
Os operários católicos exigem a alteração “das regras comerciais injustas que têm provocado o aumento do desemprego, da pobreza e da exclusão social”.
A LOC/NTC dá conta do seu “repúdio e indignação” pela aprovação das directivas europeias sobre a emigração e o tempo de trabalho.
“Não podemos aceitar que a emigração ilegal seja considerada um delito quando esta tem gerado, entre nós, um evidente crescimento económico e enriquecimento cultural”.
Acerca do aumento do tempo máximo de trabalho para 65 horas, frisa o comunicado que “o trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho”.
A LOC/MTC sublinha que as “inspecções de trabalho não são tão eficazes como deveriam na vigilância e intervenção face às irregularidades”.
Face a esta situação a LOC/MTC afirma querer continuar a trabalhar pelo “desenvolvimento da cidadania” e no incentivo à “formação contínua”.
O comunicado termina com a certeza de “que cada homem e mulher tem a capacidade para fazer mudar estas situações, exigindo e participando no desenvolvimento sustentável, que traga mais prosperidade, justiça social e paz”.
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