Nacional

Despertar uma Igreja adormecida e clubista

Luís Filipe Santos
...

D. Manuel Martins no encerramento das jornadas Teotonianas

“A Igreja actual perdeu muito o seu sentido missionário, é uma Igreja muito parada com que de certo modo adormecida†e ao mesmo tempo “muito clubista†que carece de muita mais “inquietação†defendeu, em Monção, D. Manuel Martins, na sessão de encerramento da edição deste ano das Jornadas Teotonianas (18 a 22 de Fevereiro) cujo debate esteve centrado no voluntariado. O Bispo Emérito de Setúbal confessou mesmo que às vezes quase apetece rezar “creio na Igreja una, santa, católica ,apostólica e adormecida†assim como reconheceu que lhe custa dizer na saudação de despedida da Eucaristia “ide em paz†porque “tudo que ali se celebrou é para se sair “em guerraâ€, inquietos, com o coração a transbordar de vontade de dizer aos outros a razão da fé e agir em conformidade. Sublinhando que estas iniciativas são um contributo notável para a formação dos cristãos que cada vez mais são chamados a dar razão da sua fé porque, hoje, defendeu o Prelado, “ser cristão significa, em muitos meios, ir contra a correnteâ€, ora isto, concluiu, “obriga a aprofundar os conhecimentosâ€. Atenta ao mundo, nas suas dores e anseios, D. Manuel Martins apontou uma “Igreja despojada e pobreâ€, como aqueles a quem mais se dedica, construtora de “pontes de diálogo†e carrasca de “muros†que impeçam o perdão a fim de ser “descoberta pelo mundo como o rosto materno de Deusâ€. Calculando que no nossa país os voluntários possam chegar aos 3 milhões e que uma grande maioria se situa na área de intervenção da Igreja, D. Manuel entende que estes podem e devem realizar um forte trabalho na área do “acolhimento e inserção na sociedade†imigrantes que estão a “revitalizar esta sociedade†tratando-os, sempre e em qualquer circunstância, com humanidade.


Diocese de Viana