Nacional

Dia Internacional do Idoso, d’ Água e da Música

Luís Filipe Santos
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Celebração na Paróquia de Nossa Sr.ª de Fátima, em Viana do Castelo.

O Centro de Dia de Nossa Senhora de Fátima, em Viana do Castelo, irá celebrar pela 3.ª vez, o Dia Internacional do Idoso, dia 1 de Outubro, promovendo um novo olhar sobre o “continente cinzento” e incutindo um novo “espírito sobre o fenómeno do envelhecimento” no que concerne às dificuldades de aceitação desta realidade pelas sociedades ocidentais. Uma actividade que pretende “tornar mais transparentes os fundamentos do Dia Internacional do Idoso, da Água e da Música” e “Responder aos desafios do 3.º milénio colocados pela realidade sénior”. Para celebrar estas datas haverá um conjunto de conferências: “Justificação do Dia Internacional do Idoso, d’ Água e da Música”; “Partilha de experiência de voluntariado numa Instituição de Apoio à População Sénior” e “Testemunho e articulação do protocolo entre a Escola Superior de Enfermagem e Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima”. No final haverá a assinatura do protocolo entre o Centro Social e Paroquial de Nossa Sr.ª de Fátima e a Escola Superior de Enfermagem de Viana do Castelo. Os idosos sentem de maneira diferente As Sociedades industrializadas da informação e da tecnologia exaltam a rapidez, vivem a lei do mais forte, exaltam exacerbadamente o culto do belo, do hedonismo, da teologia de mercado... no desperdício dos valores, no excesso de consumo, como se de virtudes cívicas de tratassem. Os idosos sentem de maneira diferente, vivem noutro ritmo, vivem outra escala de valores diferente e alternativa. Assim, se observarmos o comportamento diário das pessoas idosas rapidamente nos apercebemos que são lentas, frágeis, disponíveis, afectivas... é assim que vivem, se comportam de acordo com a relação com o seu círculo físico, mental e afectivo. Vivendo deste jeito, eles estão a ilustrar, sem darem conta, a educação para os valores a que podemos chamar de lentidão, frugalidade, disponibilidade, a que chamei de escala de “valores alternativos”. Uma vez que a exigência da frugalidade é vital, pois a nossa sociedade persiste na consagração do consumo em exagero e a vida vista sobre esta óptica tornar-se-á no futuro impossível; a lentidão dá-nos a possibilidade de reflectir, a ocasião de sermos cidadãos activos; a pessoa disponível é uma pessoa presente, ela tem a capacidade de devolver a palavra, de dar o feed-back à outra pessoa, às crianças, aos jovens, aos adultos... Na verdade a natureza elimina os mais fracos, mas que são fundamentais para que ela persista e sem os quais não consegue adaptar-se às novas condições de vida. Actualmente a realidade sénior tem de ser reflectida nesta matriz: Será que a sociedade quer pensar e reflectir essa realidade partindo destes novos dados? José da Costa Calçada, Sociólogo Mestrando em Sociologia da Cultura e dos Estilos de Vida


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