Diocese de Portalegre-Castelo Branco quer entrar na era do digital LÃgia Silveira 21 de Novembro de 2008, às 15:33 ... D. Antonino Dias está atento aos media e afirma que «se a Igreja não é notÃcia, não existe» A diocese de Portalegre – Castelo Branco quer percorrer um novo tempo comunicacional. Sobre isso mesmo, estiveram reunidos esta manhã os responsáveis dos órgãos de comunicação social diocesano numa jornada para reflectir sobre «Comunicar na era do digital: desafios à Pastoral na Igreja Católica». D. Antonino Dias, Bispo de Portalegre – Castelo Branco afirma a necessidade de se integrar a mensagem salvÃfica dentro do contexto cultural que vivemos, através dos novos instrumentos de comunicação, que se multiplicam e estão à disposição. “Temos de o assumir de forma mais veementeâ€, afirma à Agência ECCLESIA. “Não são uma questão do futuro, mas do presenteâ€, valoriza o bispo. D. Antonino aponta que dentro em breve haverá remodelações no site diocesano que afirma, precisa ser o espelho da diocese. “Uma diocese que não é notÃcia morre. Se a Igreja não é notÃcia, não existeâ€. Neste sentido, o site da diocese deve “formar uma rede entre todos, tanto a nÃvel de conteúdos como de actividadesâ€. Entrando na era do digital, D. Antonino Dias considera continuar a haver espaço para a imprensa escrita, nomeadamente para os tÃtulos de jornais diocesanos, mas alerta ser necessário os jornais corresponderem através dos conteúdos que publicam e também no modo como comunicam, numa fidelidade à sua identidade. Vindo da diocese de Braga, onde esteve oito anos como bispo auxiliar, D. Antonino colaborou assÃduas vezes com os jornais «Diário do Minho» e «NotÃcias de Monção», tendo por isso uma visão atenta à comunicação social. O actual bispo de Portalegre – Castelo Branco refuta qualquer ideia de mediatismo, mas assegura que estará presente para “em conjunto, não impondo ideias, apresentar caminho na comunicação socialâ€, dando seguimento ao que afirma sentir entre os colaboradores – uma vontade de saber mais para fazer melhor. Esta mesma vontade é apontada pelo Pe. João Pires Coelho, responsável diocesano do Secretariado das Comunicações Sociais, apesar de considerar que a dioceses está “distante da era digital, apesar de uma ou outra iniciativa das paróquiasâ€. Sobre o site da diocese, o Pe. João Coelho assegura mudanças em curso e, dentro em breve, uma reestruturação. “O que não se comunica não se conheceâ€, aponta. “Se a Igreja não está atenta à comunicação e ao digital, perdemos o comboioâ€, frisa o responsável diocesano. O sacerdote lamenta a falta de meios, de gente preparada e de condições para avançar neste caminho e ainda o facto de “nem todos estarem mentalizados para a era do digitalâ€. Para contrariar este caminho, o responsável diocesano pelas comunicações sociais propôs aos órgãos de comunicação social de Portalegre – Castelo Branco uma reflexão sobre o digital, que contou com a presença de Paulo Rocha, director da Agência ECCLESIA. Segundo este jornalista o maior desafio é “a mudança de atitude face à comunicaçãoâ€. As ferramentas técnicas podem ser muito diferentes, modernas e tecnológicas, mas são as pessoas que vão mudando, aponta. Paulo Rocha apresentou aos participantes na jornada a necessidade de mudar de atitude perante a comunicação e, em especial, “perante a comunicação da Igrejaâ€, pois se antes “era uma voz a falar para todos ouvirem, este modelo comunicacional está cada vez mais posto em causa, em todos os contextos, também no religiosoâ€. Paulo Rocha aponta a “certeza que todos são emissores e todos são receptores, que não se fala apenas do púlpito, que se fala de todos os lados e, é preciso perceber as necessidades dos públicosâ€. Ter uma grande “capacidade sensorial para perceber o que é preciso dizer, a que horas, em que momento para que a mensagem passeâ€. Com a mudança de atitude, Paulo Rocha apresentou um caminho a ser feito com as possibilidades tecnológicas que o mundo da comunicação conhece. “O mundo digital tem inúmeras possibilidades sobretudo porque vai sendo mais fácil e mais barato comunicar pelo digital, mas é preciso que os responsáveis pela comunicação percebam esse mundo para o poderem explorarâ€. O Director da Agência ECCLESIA afirmou que mantendo que é especÃfico da Igreja “o encontro comunitário e a celebração comunitáriaâ€, a Igreja deve mudar alguns procedimentos de comunicação que existem, e explorar “as capacidades de passar os conteúdos através das ferramentas virtuais†- transmissão de mensagens, os conhecimentos, a formação cristã, “podem explorar as ferramentas tecnológicas do ensino à distância, dos «chats» de conversação, dos portais de partilha de vÃdeos e imagens, porque esta é a linguagem dos públicos de hoje, especialmente, dos jovensâ€, sendo necessário “colocar também os conteúdos cristãosâ€. Paulo Rocha afirma que a Igreja está já inserida neste meio, e “está já a praticar esta linguagemâ€. CaracterÃstica também da forma de evolução das novas tecnologias, são estas experiências “que não surgem por decreto, mas pela vanguarda de um que inicia um projecto e de outros que perseguemâ€. Também no caso da Igreja Católica, há experiências mais institucionais “mas muitas outras que foram iniciadas por grupos e que percebemos que funcionam e dão ênfase ao caminho que é preciso seguirâ€. Diocese de Portalegre-Castelo Branco Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...